Sede do Ministério da Saúde em Brasília (Ueslei Marcelino/Reuters)
Alessandra Azevedo
Publicado em 13 de janeiro de 2021 às 20h25.
Última atualização em 13 de janeiro de 2021 às 20h35.
O Ministério da Saúde afirmou nesta quarta-feira, 12, que a vacinação contra a covid-19 deve começar pelas capitais do país, até cinco dias depois de a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovar o uso emergencial do imunizante. A vacina deve chegar em todos os estados ao mesmo tempo, afirmou a pasta.
A chegada em cidades menores demora um pouco mais por questão de logística, explicou o secretário executivo do ministério, Élcio Franco, em coletiva de imprensa. "Chega inicialmente nas capitais e depois irá aos municípios. A ideia é iniciarmos em um mesmo momento a vacinação em todos os estados. E, aí, vai prosseguir com a logística", disse.
Segundo Franco, não é possível esperar que o produto chegue aos 5570 municípios para iniciar o processo. "Vai começar quando chegar nas capitais. Se, ao mesmo tempo, já tiver conseguido chegar também nos municípios mais próximos ou até em todos municípios, se a gente conseguir cumprir o prazo, podemos começar em todos municípios de um estado", afirmou.
O Ministério da Saúde não estipulou uma data exata para que a vacinação comece, mas reforçou que o prazo é de três a cinco dias depois que o uso emergencial do imunizante for aprovado pela Anvisa. Está prevista para domingo, 17, a decisão da diretoria colegiada da agência sobre os pedidos de autorização emergencial das vacinas.
Perguntado sobre o motivo de a vacinação não começar por São Paulo ou Rio de Janeiro, onde ficam os institutos Butantan e Fiocruz, Franco explicou que a diretriz é não deixar ninguém para trás. "Nao temos brasileiro de segunda categoria ou terceira. É motivo de orgulho e é muito bom para o estado de São Paulo ter Butantan, Rio de Janeiro ter Fiocruz, mas não podemos tratar brasileiros de formas diferentes", afirmou.
Mais cedo, em visita ao Amazonas, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, confirmou o início da vacinação em janeiro. Segundo ele, o governo terá 8 milhões de doses de dois tipos de vacina, número confirmado na coletiva. 6 milhões de doses da Coronavac, produzida pelo Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac, e outras 2 milhões de doses da vacina de Oxford.