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Vacinação contra covid-19 em SP começa no dia 15 de dezembro, diz Doria

O governador de São Paulo ponderou que a data só será cumprida depois da conclusão da fase de testes e do aval da Anvisa

 (Governo de São Paulo/Divulgação)

(Governo de São Paulo/Divulgação)

GG

Gilson Garrett Jr

Publicado em 30 de setembro de 2020 às 13h04.

Última atualização em 30 de setembro de 2020 às 14h23.

A aplicação da vacina contra a covid-19 no estado de São Paulo está prevista para começar no dia 15 de dezembro pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A data foi informada pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB), nesta quarta-feira, 30. Os primeiros imunizados serão profissionais de saúde.

O governador ressaltou que, para cumprir o cronograma, ainda é necessário finalizar a fase de testes — o que deve ocorrer em até 30 dias — e obter a autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A previsão inicial era de vacinar toda a população do estado de São Paulo até fevereiro de 2021, mas nesta quarta-feira o governo ampliou o prazo e acredita que este processo deve durar até o fim de março. Serão duas doses aplicadas em um intervalo de 14 dias.

“Vamos respeitar todos os procedimentos de testagem e de aprovação na Anvisa. E aí sim, o início da vacinação em 15 de dezembro, começando pelos profissionais de saúde. Médicos, enfermeiros, paramédicos, aqueles que atuam em hospitais públicos, privados e em todas as unidades de saúde públicas, municipais e estaduais. No estado de São Paulo, aqueles que atuam nessas unidades serão os primeiros a serem vacinados contra a covid-19”.

disse o governador em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes.

Nesta quarta-feira, o governo de São Paulo e o laboratório chinês Sinovac assinaram um acordo para a compra de 46 milhões de doses da vacina para o estado, sendo 6 milhões já prontas e as outras 40 milhões formuladas pelo Instituto Butantan.

Até fevereiro de 2021 serão mais 14 milhões de doses, totalizando 60 milhões. O documento prevê ainda a transferência de tecnologia para que o Butantan produza a vacina em uma fábrica que será construída.

O diretor do Butantan, Dimas Covas, disse que na próxima semana ele vai se reunir com a Anvisa para agilizar o processo de produção da vacina no Brasil. “A China se mostra muito cooperativa e vamos trabalhar juntos para que qualquer dúvida seja esclarecida e não haja atraso na aprovação da vacina”, disse ele.

Contrato tem custo de 90 milhões de dólares

Todo o acordo para a compra das vacinas importadas e a transferência de tecnologia para o Butatan tem um custo total de 90 milhões de dólares, o que dá um valor aproximado de mais de 500 milhões de reais.

Além da importação, São Paulo vai construir uma fábrica com capacidade de produzir 120 milhões de doses da vacina. De acordo com a previsão feita pelo governo de São Paulo, as obras serão iniciadas em novembro deste ano e o projeto executivo já foi contratado.

Parte do investimento — 160 milhões de reais — vem da iniciativa privada. Outra parte do dinheiro, no valor de 80 milhões de reais, foi prometida pelo Ministério da Saúde.

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