Vacinação contra covid-19. (Eduardo Frazão/Exame)
Gilson Garrett Jr
Publicado em 18 de agosto de 2021 às 06h00.
O estado de São Paulo começa uma nova etapa da campanha de vacinação contra a covid-19 a partir desta quarta-feira, 18. Adolescentes de 16 e 17 anos com comorbidades, com deficiência, gestantes e puérperas podem receber a primeira dose do imunizante até o dia 25 de agosto. Depois, o calendário continua até o dia 12 de setembro, com a imunização de adolescentes de 12 anos (veja o calendário mais abaixo).
Até o momento, somente a Pfizer/BioNtech tem a autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para imunizar este grupo. No fim de julho, o Instituto Butantan pediu que a Anvisa libere a Coronavac para crianças e adolescentes na faixa entre 3 e 17 anos. A expectativa é de que este aval saia ainda esta semana.
Na semana passada, o governo de São Paulo ingressou com uma ação do Supremo Tribunal Federal (STF) para que o Ministério da Saúde envie um lote de 228 mil doses de vacinas da Pfizer a que o estado diz ter direito. Na terça-feira, 17, o ministro Ricardo Lewandowski concedeu liminar, em favor de São Paulo, determinando que o governo federal cumpra a distribuição igualitária.
Nas contas do governo paulista, em uma remessa feita há duas semanas havia a previsão de ter 456.000 doses do megalote de vacinas do laboratório, mas só recebeu 228.000. O esperado corresponde a 20% do total de doses que o Ministério da Saúde costumava enviar, proporcional à população.
O governador João Doria (PSDB) disse que ainda não recebeu nenhuma dose que falta, mas afirmou que o estado tem estoque suficiente para garantir que o calendário de imunização seja mantido pelos próximos dias.
Doria realiza uma coletiva de imprensa nesta quarta-feira, a partir das 12h45, em que dará mais detalhes sobre a vacinação no estado, que ultrapassou os 70% da população com pelo menos uma dose. Também é esperado o anúncio do fim do Centro de Contingência da Covid-19 e a criação de um comitê de saúde, mais enxuto, para falar sobre medidas contra o coronavírus no estado.
Em uma entrevista coletiva na terça-feira, o governador disse que este novo grupo será formado por sete integrantes e não mais 21, como o anterior. “Não há mais necessidade de uma estrutura com um tamanho tão expressivo, mas há a necessidade de cientistas. Já quero antecipar que a coordenação continua com Paulo Menezes e João Gabbardo”, disse.
O grupo, formado por médicos e cientistas, foi responsável por fundamentar todas as decisões do governo de São Paulo sobre a quarentena, leitos de UTI, e campanha de vacinação. A última decisão foi implementada na segunda-feira, quando todos os estabelecimentos passaram a não ter mais restrições de horário e de capacidade para funcionar.
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