Brasil

Vacina da gripe 2025: quem pode tomar? preciso pagar? Veja perguntas e respostas

A meta do governo é vacinar 90% dos grupos prioritários, que incluem crianças, gestantes e idosos, com estimativa de público-alvo em cerca de 50 milhões de pessoas

André Martins
André Martins

Repórter de Brasil e Economia

Publicado em 8 de abril de 2025 às 10h25.

Última atualização em 8 de abril de 2025 às 10h56.

O Ministério da Saúde deu início nesta semana à campanha nacional de vacinação contra a influenza 2025 nos 20 estados das regiões Nordeste, Sul, Centro-Oeste e Sudeste.

A meta do governo é vacinar 90% dos grupos prioritários, que incluem crianças, gestantes e idosos, com estimativa de público-alvo em cerca de 50 milhões de pessoas.

A pasta iniciou a distribuição de 35 milhões de doses da vacina ainda em março. No primeiro semestre, está prevista a distribuição de 67,6 milhões de doses para as quatro regiões dessa fase da campanha.

No segundo semestre, serão entregues mais 5,9 milhões de doses para a região Norte, alinhando a estratégia de imunização com o período de maior circulação do vírus em cada região do país. O valor total do investimento é de R$ 1,3 bilhão. O público-alvo total é de 81,6 milhões de pessoas.

Perguntas e respostas sobre a vacinação contra a gripe em 2025

A EXAME preparou uma série de perguntas e respostas sobre a vacinação em 2025, para esclarecer dúvidas sobre a cobertura, eficácia e a importância da imunização para diferentes grupos da população. Veja no detalhe:

Qual é a vacina contra a gripe em 2025?

A vacina oferecida em 2025 é a trivalente do Instituto Butantan, que protege contra os vírus H1N1, H3N2 e tipo B. Segundo o governo, o imunizante é seguro, eficaz e pode ser administrado junto a outras vacinas do Calendário Nacional. 

Quem pode tomar a vacina contra a gripe pelo SUS?

O público-alvo é formado por:

  • Crianças de 6 meses a menores de 6 anos;
  • Gestantes;
  • Idosos a partir de 60 anos;
  • Trabalhadores da Saúde;
  • Puérperas;
  • Professores dos ensinos básico e superior;
  • Povos indígenas;
  • Pessoas em situação de rua;
  • Profissionais das forças de segurança e de salvamento;
  • Profissionais das Forças Armadas;
  • Pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais (independentemente da idade);
  • Pessoas com deficiência permanente;
  • Caminhoneiros;
  • Trabalhadores do transporte rodoviário coletivo (urbano e de longo curso);
  • Trabalhadores portuários
  • Funcionários do sistema de privação de liberdade;
  • População privada de liberdade, além de adolescentes e jovens sob medidas socioeducativas (entre 12 e 21 anos).

Vacina contra a gripe protege contra o H1N1 e outras variantes?

Sim, como a dose oferecida é a trivalente, ela protege contra os vírus H1N1, H3N2 e tipo B.

Por que a vacina da gripe é gratuita no SUS só para alguns grupos?

O Ministério da Saúde estabelece um público-alvo prioritário para proteger as pessoas mais vulneráveis ao vírus, além de profissionais de saúde e educação, para reduzir a transmissão.

Os grupos de risco são aqueles com maior probabilidade de desenvolver formas graves da influenza; por isso, devem ser protegidos com prioridade.

Qual é o preço de uma vacina da gripe na rede privada?

O preço da vacina pode variar entre R$ 89,99 e R$ 120, a depender da clínica ou farmácia. A rede privada oferece a vacina tetravalente, que protege contra quatro subtipos do vírus Influenza (H1N1, H3N2 e dois do tipo B).

Quais os possíveis efeitos colaterais da vacina contra a gripe?

  • Reação local
  • Dor
  • Febre
  • Mal-estar

Qual a eficácia da vacina contra a gripe?

Segundo o Ministério da Saúde, a vacina contra a gripe é capaz de evitar entre 60% e 70% dos casos graves e óbitos.

A vacina contra influenza é produzida no Brasil pelo instituto Butantan. As vacinas das campanhas atuais são trivalentes e protegem contra os tipos de vírus influenza A (H1N1), A (H3N2) e B, que são os vírus de maior importância epidemiológica, de acordo com a própria OMS.

Preciso tomar vacina contra a gripe todo ano?

De acordo com o Ministério da Saúde, a vacinação da gripe todos os anos é necessário porque há uma queda do nível de anticorpos contra o vírus Influenza com o passar do tempo. Assim, é preciso novo estímulo por meio da vacinação.

Outro ponto é que há uma atualização da composição da vacina segundo as cepas dos vírus da gripe mais circulantes no ano anterior. A Organização Mundial da Saúde (OMS) orienta a nova formulação para melhor prevenção contra a doença.

Há alguma contraindicação da vacina contra a gripe?

A vacina não é recomendada para crianças menores de 6 meses e também não deve ser administrada em indivíduos com história de reação alérgica grave às proteínas do ovo (ovo ou produtos derivados do ovo), às proteínas da galinha e a qualquer componente da vacina.

Como a vacina da gripe funciona e quanto tempo demora para fazer efeito?

A vacina contra a gripe protege durante o período de maior circulação dos vírus, reduzindo os casos de agravamento da doença, as internações e os óbitos. Também diminui a disseminação do vírus na comunidade. Por isso, quando mais pessoas vacinadas, maior proteção para todos.

O efeito da vacina leva aproximadamente de duas a três semanas para iniciar, ou seja, depois desse período as pessoas vacinadas estarão protegidas contra formas graves da doença e óbito. A duração é de 6 a 12 meses.

É possível prevenir a gripe mesmo no frio?

Sim. Além da vacina, que salve milhares de vidas todos os anos e previne casos graves e óbitos da doença, algumas medidas simples podem ajudar a afastar o vírus. Veja abaixo:

  • Cubra nariz e boca ao espirrar e tossir;
  • Não compartilhe objetos de uso pessoal;
  • Evite tocar nas mucosas de olhos, nariz e boca;
  • Mantenha os ambientes ventilados;
  • Utilize lenço descartável.
Acompanhe tudo sobre:GripesVacinasMinistério da Saúde

Mais de Brasil

Motta recebe PEC da Segurança e diz diz que Câmara dará 'total prioridade' ao texto

'Novo cangaço' ataca quartel da PM e agência bancária em Guaxupé (MG)

Produção industrial recua em 7 dos 15 locais pesquisados em fevereiro; BA, CE e SP lideram quedas

CCJ do Senado pode votar PEC que acaba com reeleição e aumenta mandatos de deputados e senadores