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Vacina contra chikungunya do Instituto Butantan é aprovada pela Anvisa

Imunizante foi desenvolvido em parceria com a Valneva e mostrou eficácia de até 98,9% nos testes clínicos

Vacina contra chikungunya: Anvisa aprova imunizante com eficácia de até 98,9% (FRANCOIS LO PRESTI/AFP)

Vacina contra chikungunya: Anvisa aprova imunizante com eficácia de até 98,9% (FRANCOIS LO PRESTI/AFP)

Raphaela Seixas
Raphaela Seixas

Estagiária de jornalismo

Publicado em 14 de abril de 2025 às 10h21.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou nesta segunda-feira, 14, o registro definitivo da vacina contra a chikungunya desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica franco-austríaca Valneva.

Trata-se da primeira vacina aprovada no Brasil para combater essa doença viral, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, e causa sintomas como febre alta, dores intensas nas articulações e fadiga.

A vacina foi testada em mais de 4 mil voluntários nos Estados Unidos, com resultados que mostraram uma eficácia de 98,9% na produção de anticorpos que neutralizam o vírus.

No Brasil, o Instituto Butantan realizou ensaios clínicos em adolescentes de 12 a 17 anos, em que a vacina demonstrou uma proteção de 100% nos participantes com infecção prévia e 98,8% naqueles sem contato anterior com o vírus.

Os resultados reforçam a expectativa de que o imunizante terá impacto direto no controle da doença.

Próximos passos para disponibilização

Após a aprovação do registro, a Anvisa ainda precisa autorizar a produção em larga escala. Além disso, a vacina precisa ser incorporada ao Sistema Único de Saúde (SUS) para ser disponibilizada à população.

De acordo com o Instituto Butantan, a aprovação é um passo crucial para a disponibilização da vacina no Brasil, que enfrentou mais de 267 mil casos de chikungunya em 2024.

Em nota oficial, o Instituto Butantan destacou que a aprovação da vacina é um avanço significativo no combate à chikungunya, uma doença que afeta milhares de brasileiros anualmente.

A instituição enfatizou a importância da parceria com a Valneva e agradeceu o apoio da Anvisa no processo de desenvolvimento e aprovação da vacina.

“A partir da aprovação pelo CONITEC, a vacina poderá ser fornecida estrategicamente. No caso da chikungunya, é possível que o plano do Ministério seja vacinar primeiro os residentes de regiões endêmicas, ou seja, que concentram mais casos”, afirma o diretor do Instituto Butantan, Esper Kallás.

Quando a vacina ficará disponível?

  • Plataforma de distribuição: A vacina será distribuída pelo SUS após a autorização para produção em larga escala e incorporação ao programa de imunização.
  • Data de disponibilidade: Ainda não foi definida, dependendo da autorização para produção em larga escala e incorporação ao SUS.
  • Idade recomendada: A vacina é aprovada para uso em pessoas acima de 18 anos.

A aprovação marca uma nova fase na luta contra a chikungunya, oferecendo uma ferramenta eficaz para prevenção da doença no Brasil.

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