Vacina: imunizante contra a covid-19 pode ser aplicado junto contra a gripe. (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
Repórter de Lifestyle
Publicado em 25 de abril de 2023 às 11h36.
Última atualização em 25 de abril de 2023 às 13h40.
O Ministério da Saúde liberou, na segunda-feira, 24, a vacina bivalente contra a covid-19 para todos os adultos acima de 18 anos que tenham tomado pelo menos duas doses, sendo a última há no mínimo quatro meses. Até a manhã desta terça-feira, 25, a prefeitura de São Paulo ainda aguardava receber mais doses para definir o cronograma de aplicação na cidade, mas após uma liberação, a cidade deve iniciar a aplicação a partir de quarta-feira, 26, em pessoas com 50 anos ou mais.
A prefeitura e o governo de São Paulo fizeram uma reunião nesta terça-feira, 25, para ter uma previsão de fluxo de entrega de doses. Pelo Programa Nacional de Imunizações, o governo federal entrega as vacinas aos estados, que redistribuem às prefeituras. Algumas cidades buscam diretamente no depósito estadual e conseguem acelerar a aplicação.
De acordo com o estado de São Paulo, a secretaria estadual vai entregar aos municípios as 600 mil doses que tem em estoque para que as prefeituras possam se programar. A orientação é para que a aplicação seja escalonada, por idade.
"O que temos hoje em estoque, mais a quantidade já distribuída aos municípios anteriormente, é o suficiente para iniciarmos a imunização deste público, porém, é necessário que, o quanto antes, possamos receber uma nova remessa do Ministério para abastecer os municípios e seguirmos com a imunização para toda população", disse Tatiana Lang D'Agostini, diretora do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) do Estado de São Paulo.
No dia 27 de fevereiro começou uma nova campanha de vacinação contra a covid-19 na cidade de São Paulo. Para esta fase foram convocados brasileiros em grupos de risco - idosos e imunossuprimido (veja todos os grupos abaixo). Eles recebem no braço uma dose do imunizante bivalente da Pfizer que protege contra o vírus original do SARS-CoV-2 e as últimas variantes, como a Ômicron, altamente transmissível.
- Pessoas idosas com 70 anos ou mais
- Pessoas vivendo em Instituições de Longa Permanência (ILP's) a partir de 12 anos, (abrigados e trabalhadores dessas instituições como ILPI, SAICA, CAE, RI entre outras)
- Pessoas imunocomprometidas com 12 anos ou mais
- Comunidades indígenas (com 12 anos ou mais)
- Pessoas idosas com 60 anos ou mais
- Gestantes e pessoas em período de puerpério
- Profissionais da saúde
- Pessoas com deficiência física permanente
- População privada de liberdade e funcionários do sistema prisional
- Pessoas com comorbidades
-Pessoas em situação de rua
Para os grupos de risco, o imunizante está disponível em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs), com funcionamento de segunda-feira a sexta-feira, das 7h às 19h, e em AMAs/UBS Integradas, que atendem das 7h às 19h, inclusive aos sábados e feriados.
469 Unidades Básicas de Saúde (UBS)
Funcionamento: de segunda a sexta-feira.
Horário: das 7h às 19h.
Veja aqui a lista com os endereços das unidades básicas de saúde (UBS)
Os endereços das UBS também podem ser acessados pela ferramenta Busca Saúde.
AMA/UBS Integradas
Funcionamento: 7h às 19h, inclusive aos sábados e feriados.
Veja aqui a lista com os endereços das AMA/UBS Integradas
Assim como a da gripe, outras vacinas recebem uma atualização para contemplar uma proteção sobre novas variantes que surgem ao longo do tempo. O imunizante aplicado nesta nova etapa é bivalente, ou seja, protege contra mais de uma cepa do vírus. Para isso, é usada a tecnologia do mRNA com dois códigos genéticos. No caso da Pfizer, está sendo usado o código da cepa original do coronavírus e o da variante Ômicron, que é a predominante nas infecções recentes no mundo todo.
Alberto Chebabo, presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), explica que isso não significa que as chamadas monovalentes não funcionem. Segundo o especialista, as vacinas já aplicadas conferem uma proteção significativa contra o coronavírus na casa dos 80%. Pesquisas mostram que a variante Ômicron tende a diminuir este valor e conseguir passar pela barreira do corpo e infectar. Apesar disso, os imunizantes atuais conseguem proteger contra os casos graves e mortes, mesmo com as novas variantes.
Desde o dia 10 de abril, a cidade de São Paulo aplica o imunizante contra a gripe. A previsão é concluir a vacinação até o dia 31 de maio, e atingir a meta de 90% de cobertura. Em 2022, a cidade de São Paulo conseguir vacinar apenas 55% do total do grupo prioritário, segundo dados do Ministério da Saúde.
Nesta campanha estão grupos prioritários como idosos, profissionais da saúde e profissionais da educação (veja quem pode receber o imunizante e o calendário).
Segundo médicos, especialistas e norma do Ministério da Saúde, as duas vacinas podem ser aplicadas no mesmo dia. A exceção é para o imunizante contra o coronavírus em crianças até 11 anos. Nesses casos, a recomendação é ter um intervalo de 15 dias.