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Vaccarezza não justificou dinheiro achado em casa, diz delegado

Polícia Federal apreendeu R$ 122 mil na residência do ex-líder petista nesta sexta-feira

Cândido Vaccarezza: ex-líder do PT foi preso pela Operação Lava Jato nesta sexta-feira (Valter Campanato/Agência Brasil)

Cândido Vaccarezza: ex-líder do PT foi preso pela Operação Lava Jato nesta sexta-feira (Valter Campanato/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 18 de agosto de 2017 às 12h51.

São Paulo - Em entrevista coletiva concedida agora nesta sexta-feira, 18, em Curitiba para explicar as novas fases da Lava Jato deflagradas pela manhã, o delegado Filipe Hille Pace disse que o ex-líder dos governos petistas de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff Cândido Vaccarezza não conseguiu justificar os R$ 122 mil apreendidos em sua residência nesta sexta. "Ele vai tentar (explicar)", disse o delegado da força-tarefa da Lava Jato.

Vaccarezza foi preso pela Operação Lava Jato. Ele é investigado pelo recebimento de cerca de US$ 500 mil em propina. Segundo a força-tarefa da operação que investiga o esquema de corrupção na Petrobras, entre janeiro de 2010 e março de 2012, ele usou a influência decorrente do cargo em favor da contratação da empresa norte-americana Sargeant Marine pela Petrobras, o que culminou na celebração de doze contratos, entre 2010 e 2013, no valor de aproximadamente US$ 180 milhões.

Na coletiva, a força-tarefa disse que o delegado que conduz a operação na 1ª instância, Sérgio Moro, decretou a prisão temporária do ex-deputado para colher mais provas, mas depois poderá decretar a prisão preventiva.

Reforma Política

A exemplo de Sérgio Moro que criticou o projeto de reforma política em discussão no Congresso Nacional, a força-tarefa da Lava Jato também expôs, na coletiva realizada em Curitiba, a mesma opinião.

Para o procurador da República Paulo Roberto Galvão, do jeito que está sendo formatada, em vez de resolver os problemas na seara política, a reforma poderá facilitar as práticas de corrupção.

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