USP Leste: previsão era de que o ano letivo começasse depois de amanhã (LottusF1/Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 21 de março de 2014 às 20h50.
São Paulo - A diretoria do campus Leste da Universidade de São Paulo (USP) resolveu nesta sexta-feira, 21, adiar pela terceira vez o início do ano letivo na unidade, um dia depois do anúncio da reitoria sobre os novos locais de aulas. O campus da USP Leste está interditado desde janeiro por causa de problemas ambientais.
A previsão era de que o ano letivo começasse depois de amanhã. A decisão de adiamento tomada pela reitoria atendeu aos apelos da Comissão de Graduação da unidade, responsável por distribuir as aulas, que julgou "absolutamente inviável" a retomada das classes. A diretoria indicou que as aulas poderão voltar no dia 31, mas a definição do calendário depende dos próximos ajustes estruturais.
Os professores da USP Leste se queixaram do pouco tempo para organizar as atividades e alegaram que as salas oferecidas pela reitoria, por escassez de espaço ou equipamentos, não comportam todas as turmas da unidade. A falta de laboratórios para práticas e pesquisas também foi criticada.
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Em anúncio feito às pressas, a reitoria informou anteontem que as aulas de quase cinco mil alunos do campus Leste iriam se espalhar entre uma instituição particular e a Faculdade de Tecnologia (Fatec) Itaquera, ambas na zona leste, e outras escolas da USP, na zona oeste da capital. Ontem, porém, o Centro Paula Souza, responsável pelas Fatecs, corrigiu o comunicado e declarou que as unidades disponíveis eram a Fatec Tatuapé e uma escola técnica do centro, informação confirmada pela USP.
Outra reclamação de docentes e alunos é que as aulas foram fragmentadas, o que prejudicaria o deslocamento de quem dá classes ou está matriculado em disciplinas oferecidas em diferentes pontos da cidade. Ainda é considerado pelos professores levar mais aulas para prédios do campus Butantã. Mas, por causa dos transtornos, parte dos alunos já defende a suspensão do semestre letivo. As aulas nas outras unidades começaram em 17 de fevereiro, como previa o calendário oficial da universidade. Nas redes sociais, alunos do campus Leste convocam um protesto em frente à reitoria na terça-feira, contra a situação da unidade.