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USP e Unicamp sobem de posição em ranking das melhores do mundo

As duas estaduais paulistas subiram de grupo, enquanto outras federais entraram na lista das melhores. Mas domínio é de EUA, Europa, Canadá e Austrália

Nos últimos meses, universidades estaduais paulistas avançaram em seus endowments. (USP/Reprodução)

Nos últimos meses, universidades estaduais paulistas avançaram em seus endowments. (USP/Reprodução)

CR

Carolina Riveira

Publicado em 2 de setembro de 2020 às 17h13.

Última atualização em 2 de setembro de 2020 às 20h36.

O Brasil tem 13 universidades entre as 1.000 melhores instituições do mundo, segundo nova edição do ranking da consultoria britânica Times Higher Education, um dos mais prestigiosos do setor.

As duas líderes no Brasil, a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), também subiram de posição.

No ano passado, a USP estava no grupo das 300 melhores e, agora, ficou entre as 250 melhores, mantendo sua posição como a melhor universidade da América Latina. A Unicamp também subiu das 600 para as 500 melhores (veja a lista das brasileiras no fim da reportagem).

A partir da posição número 200, o ranking não inclui mais a classificação invidual das instituições, que é feita por grupos.

A Times Higher Education avaliou 1.527 instituições em mais de 90 países, em critérios como ensino, pesquisa, internacionalização, citações acadêmicas e outros. Ao todo, o Brasil tem 52 universidades avaliadas, a maioria instituições públicas federais e estaduais.

O Brasil teve ainda seis novas universidades no raking, com destaque para a Universidade Federal de Sergipe, que chegou à lista já entre as 800 melhores. O país, no entanto, ainda segue sem representantes entre as 200 melhores. Em ensino e pesquisa, a USP também ficou entre as 100 melhores.

Entre as privadas, constam no ranking apenas a PUC-RJ (entre as 800 melhores), PUC-RS (entre as 1.000 melhores), PUC-PR, PUC-MG, Universidade de Caxias do Sul e Universidade do Vale do Rio dos Sinos, do Rio Grande do Sul (todas no grupo depois de 1.000).

Avanço chinês e domínio americano

Assim como no ranking anterior, a Universidade de Oxford, no Reino Unido, foi classificada como a melhor universidade do mundo. Completam o pódio as americanas Stanford e Harvard.

Entre as dez melhores universidades, oito são americanas. Além de Oxford, a outra não-americana do top 10 é a Universidade Cambridge, também no Reino Unido, que caiu de terceiro para o sexto lugar.

O ranking deste ano também incluiu uma universidade asiática no top 20 pela primeira vez desde 2011, quando a metodologia atual começou a ser usada. A melhor da região foi uma chinesa, a Universidade de Tsinghua. O número de universidades chinesas entre as 100 melhores também passou de três para seis.

A Times Higher Education aponta que as universidades chinesas estão em constante evolução no ranking nos últimos anos e "reduzindo a distância" para as americanas e europeias.

Entre os países mais representados no ranking das 200 melhores estão os Estados Unidos (59 instituições), o Reino Unido (29), a Alemanha (21) e a Austrália (12). Depois, com menos de 10 universidades cada, estão a Holanda (8), o Canadá (8), a China (7), a Coreia do Sul (7), a Suíça (7), a França (5), Hong Kong (5) e a Suécia (5).

Os impactos financeiros do coronavírus nas universidades também pode ser maior no Ocidente do que na Ásia. Uma pesquisa da própria Times Higher Education com líderes de universidades mostra que 87% dos entrevistados na América do Norte acredita que a pandemia vai levar a falências em universidades de seus países. Na Ásia, são 17%.

Um dos desafios para as universidades do Ocidente e de países como a Austrália é que a pandemia está reduzindo o número de alunos estrangeiros. Nesses lugares, é mais comum que bolsas ou gratuidade sejam oferecidos a alunos locais e que os estrangeiros, por sua vez, paguem mensalidades maiores, sustentando financeiramente as instituições.

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