USP: proposta foi aprovada por 70 conselheiros - houve 16 votos contrários e 6 abstenções (Francisco Emolo/Jornal da USP/Divulgação)
Estadão Conteúdo
Publicado em 31 de maio de 2017 às 09h51.
O Conselho Universitário da Universidade de São Paulo (CO), instância máxima da instituição, aprovou nesta terça-feira, 30, proposta de reajuste zero para os servidores neste ano e um novo Plano de Incentivo à Redução de Jornada (Pirj).
A medida segue a decisão do Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp), que responde também pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) e pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
A proposta foi aprovada por 70 conselheiros - houve 16 votos contrários e 6 abstenções. O motivo alegado é "alto comprometimento" do orçamento das instituições.
A universidade se comprometeu a estudar, por meio da Comissão de Orçamento e Patrimônio (COP), a possibilidade de oferecer aumento salarial apenas aos servidores que tiverem os salários mais baixos. Também ficou decidido que a reitoria deve rediscutir o tema "em caso de aumento significativo da arrecadação do ICMS" (o repasse das universidades é vinculado ao imposto).
O CO também aprovou programa para redução de jornada de 40 para 30 horas semanais de trabalho, com redução proporcional dos vencimentos dos servidores. A adesão, segundo a instituição, é voluntária.
Na primeira edição do programa, 352 servidores técnicos e administrativos foram contemplados. A duração da iniciativa é de dois anos. O programa oferece um abono, no valor de um terço do salário, a cada seis meses de trabalho com jornada reduzida. A universidade vai priorizar servidores mais velhos e com mais tempo de exercício na USP, maior número de filhos menores de 6 anos ou que estejam cursando ensino fundamental, médio ou superior.
Durante a reunião, a USP também divulgou que houve aumento de ingressantes vindos de escolas públicas na graduação em 2017, de 3.763 para 4.036. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.