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Urgência de marco para mineração não foi decidida, diz Lobão

Governo ainda não decidiu se mantém ou não regime de urgência do projeto de lei que cria marco regulatório para mineração, de acordo com Edison Lobão

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão: “não há decisões ainda sobre retirar a urgência”, disse (Jose Cruz/ABr)

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão: “não há decisões ainda sobre retirar a urgência”, disse (Jose Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 7 de agosto de 2013 às 11h51.

Brasília – O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse que o governo federal ainda não decidiu se vai ou não retirar o regime de urgência do projeto de lei que cria o marco regulatório para o setor de mineração. A medida, que tem sido sugerida por alguns parlamentares sob a justificativa de ter mais tempo para a discussão da matéria, é prerrogativa da Presidência da República.

“Não há decisões ainda sobre retirar a urgência”, disse Lobão ao chegar à Câmara dos Deputados, onde participa de audiência pública. “A ideia era [apresentar ao Legislativo] por Medida Provisória, mas a presidente aceitou ponderações apresentadas pelas lideranças e encaminhou com [regime de] urgência”, acrescentou o ministro.

“Agora, líderes, deputados e senadores querem retirar novamente essa urgência”, disse. “Caso haja atraso [na apreciação da matéria], a presidenta poderá voltar a solicitar a urgência. Tudo está previsto na Constituição. A presidente está analisando a questão e acredito que ela vai concordar”, complementou o ministro, durante a audiência.

Lobão lembrou que, antes de a proposta ser apresentada pelo governo, foram feitas diversas consultas a legislações de diversos países. “Fizemos também diversas audiências públicas, inclusive nesta Casa”, completou Lobão.


A proposta apresentada pelo governo prevê que os municípios produtores fiquem com a maior fatia (65%) dos royalties para metais nobres, seguido dos estados (23%). A União ficaria com 12%. A alíquota da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (Cfem) terá teto máximo de 4%.

Além disso, será criado o Conselho Nacional de Política Mineral, órgão encarregado de assessorar a Presidência da República para as políticas do setor, com o objetivo de fortalecer sua participação no Produto Interno Bruto (PIB). O atual Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) passará a exercer papel de agência reguladora do setor, sob o nome de Agência Nacional de Mineração. As concessões terão duração de 40 anos prorrogáveis por mais 20, sucessivamente.

“Estamos conscientes de que a legislação está atrasada e o Brasil ainda não se beneficia de suas riquezas minerais porque a participação [do setor de mineração] poderia ser muito mais expressivas do que os 4% do PIB [Produto Interno Bruto, que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país]. Precisamos ampliar e desconcentrar nossa pauta de exportação porque, apesar de [o setor ser responsável por] 26% das exportações, 90% delas resume-se ao minério de ferro”, argumentou Lobão.

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