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Universal chama políticos para abertura de templo em SP

Os dirigentes querem reunir Dilma, Haddad, Renan Calheiros e os 27 governadores para inaugurar um de seus mais importantes templos


	Dilma Rousseff: a presidente prevê comparecer à abertura do templo 
 (AFP/Getty Images)

Dilma Rousseff: a presidente prevê comparecer à abertura do templo  (AFP/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 17 de junho de 2014 às 09h10.

São Paulo - A Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd) prepara um evento político para 17 dias antes do início da campanha eleitoral na TV. Seus dirigentes querem reunir a presidente Dilma Rousseff (PT), os 27 governadores, o prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT), os ministros do Supremo Tribunal Federal e o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB) para inaugurar um de seus mais importantes projetos religiosos: o Templo de Salomão, instalado no Brás, na região central de São Paulo.

O Palácio do Planalto confirmou que Dilma prevê comparecer à abertura do templo - o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o prefeito Haddad ainda não confirmaram presença, segundo suas assessorias.

Com forte presença entre os dirigentes do Partido Republicano Brasileiro (PRB), a Iurd informou que somente o fundador e líder da igreja, o bispo Edir Macedo, vai se pronunciar durante o evento.

O PRB faz parte da base aliada a Dilma e participa do primeiro escalão do governo - ocupa o Ministério da Pesca. Em São Paulo, o partido faz parte da base de sustentação do governador Alckmin e deve apoiar a reeleição do tucano.

A sigla ocupa a Secretaria do Desenvolvimento Social do governo Alckmin. No Congresso, o partido elegeu em 2010 um senador - Marcelo Crivella (RJ) - e possui uma bancada de 10 deputados federais.

Além de reunir os representantes dos três Poderes da República, a Iurd quer levar para os 10 mil lugares do Templo de Salomão lideranças da sociedade civil e do empresariado e cerca de 60 delegações estrangeiras - a mais aguardada é a de Israel, país com o qual a igreja procura manter laços estreitos.

O evento será reservado somente para convidados da igreja e não será o único para marcar a abertura da obra, a maior feita pela Iurd em São Paulo.

A festa de abertura deve durar 20 dias - o evento com os políticos deve ocorrer no dia 31 de julho, após o término da Copa do Mundo. Por enquanto, o templo está cercado por tapumes, ao longo dos quais os fiéis da igreja começaram a rezar.

Quatro anos

A obra feita pela Iurd demorou quatro anos para ficar pronta. Ela terá 74 mil m² de área construída, dez mil lugares e uma fachada com altura de 56 metros.

Para se ter ideia do tamanho do templo, a Basílica de Aparecida, no interior paulista, pode abrigar até 45 mil fiéis. Ela tem 23 mil m² de área construída e sua nave tem 40 metros de altura - a torre, separada do edifício da basílica, atinge 100 metros de altura.

Como comparação, a Basílica de São Pedro, no Vaticano, tem 45 metros de altura na fachada e chega, na cúpula, a 133 metros. Sua área construída é também de 23 mil m².

Mas, ao contrário dos templos católicos, nos quais é possível fotografar e filmar as missas, no Templo de Salomão será proibido fazer fotos ou filme de seu interior.

De acordo com Renato Parente, da assessoria da Iurd, o objetivo da igreja com a medida é preservar o caráter sagrado do templo.

Feito, segundo a igreja, com pedras trazidas de Israel e segundo o modelo arquitetônico do antigo Templo de Salomão, destruído no ano 70, quando o exército romano esmagou uma rebelião dos judeus.

A obra custou cerca de R$ 650 milhões - dinheiro, segundo Parente, obtido de doações de fiéis, obreiros e pastores.

O complexo do novo templo vai ter ainda um edifício para estacionamento de carros e um museu. A fachada não terá a tradicional marca dos templos da Iurd: "Jesus Cristo é o Senhor - Igreja Universal do Reino de Deus". Abrigará cultos da igreja, mas nenhum será transmitido nos programa de TV da Iurd. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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