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Unicamp cortará salário acima do teto, após decisão judicial

Dados divulgados pela universidade mostram que, em junho, mais de mil servidores receberam acima do limite


	Entrada da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp): na segunda-feira, 3, os desembargadores da 6ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) decidiram derrubar uma liminar que impedia a universidade de aplicar o teto constitucional
 (Creative Commons)

Entrada da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp): na segunda-feira, 3, os desembargadores da 6ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) decidiram derrubar uma liminar que impedia a universidade de aplicar o teto constitucional (Creative Commons)

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Da Redação

Publicado em 4 de agosto de 2015 às 13h38.

Após decisão judicial, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) vai cortar os salários dos professores que ganham acima do teto constitucional, que é de R$ 21.631,05, mesmo salário do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).

Dados divulgados pela universidade mostram que, em junho, mais de mil servidores receberam acima do limite.

Na segunda-feira, 3, os desembargadores da 6ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) decidiram derrubar uma liminar que impedia a universidade de aplicar o teto constitucional e cortar os salários dos professores.

Questionada, a universidade não informou quantos servidores terão os salários congelados a partir da nova decisão judicial. Também não informou qual o valor a ser economizado com a medida.

A disputa judicial sobre a aplicação do teto salarial na Unicamp começou em abril do ano passado, quando a universidade passou a limitar os pagamentos para cumprir uma decisão do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que rejeita as contas da instituição há seis anos seguidos.

No entanto, a Associação dos Docentes da Unicamp (Adunicamp) conseguiu ainda no ano passado uma liminar que impediu a universidade de congelar os salários, sob os argumentos de que o limite desrespeita a isonomia entre os servidores, pois os procuradores da universidade não estariam incluídos no mesmo teto, e entre docentes de universidades federais e estaduais.

Também argumenta que esse é um direito adquirido e que a legislação impede a redução de salários.

A Adunicamp informou que seu departamento jurídico aguarda a publicação da decisão judicial para se posicionar.

Salários

A lista dos professores da Unicamp que ganham mais que o governador inclui o reitor da instituição, José Tadeu Jorge, que recebe dois salários - em junho, os valores líquidos foram de R$ 25.635,84 e R$ 11.081,55, totalizando R$ 36.717,39.

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