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Unicamp aprova corte de 30% em gratificação a professores

O reitor Marcelo Knobel afirma que a medida vai levar a uma economia de R$ 15 milhões ao ano

O Conselho Universitário também aprovou a criação de um grupo de trabalho que vai sugerir novas medidas para cortar R$ 25 milhões (Facebook/ Unicamp/Divulgação)

O Conselho Universitário também aprovou a criação de um grupo de trabalho que vai sugerir novas medidas para cortar R$ 25 milhões (Facebook/ Unicamp/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 5 de outubro de 2017 às 08h46.

São Paulo - A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) aprovou o corte de 30% nos valores de todas as gratificações não incorporadas pagas a professores, pesquisadores e funcionários.

O reitor Marcelo Knobel afirma que a medida vai levar a uma economia de R$ 15 milhões ao ano. A instituição deve encerrar 2017 com um déficit orçamentário de R$ 290 milhões - 14,2% a mais do que no ano anterior.

O Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp (STU) criticou a aprovação por considerar que não houve tempo suficiente para debatê-la. "Aprovam mudanças pontuais, sem discutir o financiamento da universidade de forma mais ampla", diz o diretor João Raimundo de Souza.

O corte nas gratificações passa a valer para o mês de novembro. "Nesse momento temos urgência para realizar essas mudanças, já que temos uma prazo curto de até quando os recursos vão estar disponíveis", diz Knobel.

O Conselho Universitário também aprovou a criação de um grupo de trabalho que vai sugerir novas medidas para cortar R$ 25 milhões de gastos no próximo ano.

O grupo também vai analisar a proposta de reajuste do valor das refeições oferecidas nos restaurantes universitários. A proposta inicial é de que elas passem de R$ 2 para R$ 4 aos estudantes não carentes - a sessão que votaria o aumento foi suspensa no último dia 26, após alunos contrários à medida invadirem a reunião.

Com o valor atual, a universidade subsidia R$ 25 milhões dos custos das refeições. A previsão é de que, com o aumento, o subsídio caia para R$ 18 milhões.

"Hoje, cerca de 18% dos estudantes têm isenção total na refeição e queremos ampliar o atendimento para quem precisa. Esperamos que, com essas informações e discussão, a comunidade entenda a importância do reajuste", diz Knobel. A reitoria propôs criar 500 bolsas alimentação para alunos carentes que não têm o benefício. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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