Incêndio: laudo realizado pela prefeitura no ano passado já apontava riscos no Edifício Wilton Paes de Almeida (Rovena Rosa/Agência Brasil)
Estadão Conteúdo
Publicado em 2 de maio de 2018 às 22h39.
A Secretaria do Patrimônio da União do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (SPU/MP) protocolou nesta quarta-feira, 2, um ofício na Superintendência Regional da Polícia Federal em São Paulo pedindo a instauração de um inquérito para investigar "eventuais cobranças de aluguel" dos ocupantes do Edifício Wilton Paes de Almeida, no centro de São Paulo.
O prédio pegou fogo na madrugada de terça-feira, 1º, e desabou. Quatro pessoas são consideradas oficialmente desaparecidas: um homem, que estava sendo resgatado pelo Corpo de Bombeiros na madrugada da tragédia, uma mulher e seus dois filhos gêmeos, de 9 anos.
No ofício encaminhado pela SPU, foi solicitada a investigação de causas e responsabilidades pelo incêndio. O órgão disse, em nota, que está colaborando com a Prefeitura de São Paulo para esclarecer o caso.
Um laudo de sete páginas, feito pela Prefeitura de São Paulo ainda em janeiro do ano passado, atesta que o edifício "não reunia condições mínimas de segurança contra incêndio", por causa das instalações elétricas precárias.
O documento serviu de base para que o Ministério Público Federal enviasse, ainda no ano passado, uma recomendação à Superintendência do Patrimônio Público da União (SPU/SP) para que fosse feita uma "reforma estrutural emergencial" no prédio do Largo do Paiçandu, que acabou não sendo realizada.