Brasil

União para um candidato só seria "artificial", diz Meirelles

Tratado como presidenciável, Meirelles afirmou que ainda está conversando com diversos partidos políticos e fazendo pesquisas

Henrique Meirelles: "O povo não quer soluções populistas, quer soluções de fato. Sabemos quem tem condições de representar o Brasil e fazer com que o país cresça" (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Henrique Meirelles: "O povo não quer soluções populistas, quer soluções de fato. Sabemos quem tem condições de representar o Brasil e fazer com que o país cresça" (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 12 de março de 2018 às 14h18.

Cuiabá - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, avaliou nesta segunda-feira, 12, que uma eventual união entre ele próprio, o presidente Michel Temer e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para uma candidatura única à Presidência da República este ano seria "artificial". No último fim de semana, Meirelles se encontrou com Temer no Palácio do Jaburu para debater o cenário eleitoral.

"Não acredito nisso. A união para o lançamento de uma candidatura única seria algo que poderia ser visto como artificial. Talvez não seja isso que a população quer, para haver mais oportunidades de escolha na eleição", disse o ministro, após participação no evento Gazeta Agro.

Tratado como presidenciável pela organização do evento, Meirelles afirmou que ainda está conversando com diversos partidos políticos e fazendo pesquisas qualitativas sobre qual projeto a população desejaria para o País.

"O povo não quer soluções populistas, quer soluções de fato. Sabemos quem tem condições de representar o Brasil e fazer com que o país cresça. O Brasil precisa de competência e honestidade", afirmou, antes de reiterar que só irá anunciar sua decisão de disputar ou não a eleição nas próximas semanas. A equipe de filmagem do ministro acompanhou o evento na capital mato-grossense.

Meirelles tem até o dia 7 de abril para se descompatibilizar do cargo de ministro para concorrer à Presidência. Segundo ele, o governo pode apresentar projeto de simplificação do PIS/Cofins - uma das 15 pautas prioritárias do governo na economia - ainda neste prazo.

Ao falar com os jornalistas, ele evitou comentar em detalhes a decisão dos Estados Unidos em sobretaxar o aço e o alumínio importados. "Estamos ainda avaliando as ações do governo americano. O importante é que o comércio seja mais livre no mundo. É importante que o comércio seja justo e que não haja barreiras artificiais", completou.

Brincadeiras de Maggi

Antes, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, brincou com a chegada do ministro da Fazenda ao evento na capital de Mato Grosso. "O ministro Meirelles chegou atrasado e falei para ele sorrir muito e ser muito simpático, afinal ele é pré-candidato à Presidência da República. Com certeza todos os pedidos do governador (de Mato Grosso) Pedro Taques serão atendidos hoje por Meirelles", afirmou, durante abertura do evento Gazeta Agro.

Meirelles foi a última autoridade a chegar ao local do evento.

Antes, Taques reclamou da ausência de investimentos do governo federal em Mato Grosso e da falta de autorização por parte do Tesouro Nacional para que governos estaduais busquem empréstimos no exterior.

Também pediu a regulamentação do fundo de compensação da Lei Kandir, que isenta de tributos - como o ICMS - os produtos exportados.

Acompanhe tudo sobre:Eleições 2018Henrique MeirellesMichel TemerRodrigo Maia

Mais de Brasil

Gestão Pochmann quer que sindicato de servidores do Instituto não use mais sigla IBGE no nome

AGU recorre de decisão do TCU que bloqueia verbas do programa Pé de Meia

Investigada no caso Deolane, Esportes da Sorte é autorizada a operar apostas no Brasil

Tempestade atinge Centro-Sul do país em meio à onda de calor nesta quinta-feira; veja previsão