Repórter de Brasil e Economia
Publicado em 24 de março de 2024 às 10h45.
O presidente do União Brasil, Antonio de Rueda, informou neste domingo, 24, que vai pedir à Comissão Executiva Nacional a abertura de processo disciplinar contra Chiquinho Brazão com objetivo de expulsar o deputado federal do partido. Brazão foi preso pela Polícia Federal (PF) e apontado como um dos mandantes dos homicídios da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
"O Estatuto do Partido prevê a aplicação da sanção de expulsão com cancelamento de filiação partidária de forma cautelar em casos de gravidade e urgência", afirmou em nota.
O partido afirmou ainda que Chiquinho não mantinha relacionamento com o partido e havia pedido ao Tribunal Superior Eleitoral autorização para se desfiliar. Rueda ainda que a Comissão Executiva Nacional vai se reunir na próxima terça-feira, dia 26 de março, para formalizar a expulsão do parlamentar.
Além de Chiquinho, o seu irmão, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado Domingos Brazão e o delegado Rivaldo Barbosa, que chefiou a Polícia Civil do Rio, também foram presos nesta manhã.
Ao todo, estão sendo cumpridos 12 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro, autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A operação Murder Inc. acontece menos de uma semana após o Supremo Tribunal Federal (STF) homologar a delação premiada firmada por Ronniel Lessa, a Polícia Federal e a Procuradoria-Geral da República. O ex-policial militar foi preso em março de 2019 pela participação nas mortes e, na delação do também ex-policial militar Élcio de Queiroz, é apontado como autor dos disparos que mataram a vereadora e o motorista. Ele foi expulso da corporação e condenado, em 2021, a quatro anos e meio de prisão pela ocultação das armas que teriam sido usadas no crime.
Os alvos da operação que mira os supostos mandantes dos homicídios da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes são o deputado federal Chiquinho Brazão, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado Domingos Brazão e o delegado Rivaldo Barbosa, que chefiou a Polícia Civil do Rio.