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Unasul precisa fortalecer defesa cibernética, diz Amorim

O principal foco dos países é o desenvolvimento de projetos conjuntos para fortalecer o sistema de proteção de defesa cibernética


	Celso Amorim: para ministro, visão estratégica brasileira é de que a Unasul deverá ser, progressivamente, um dos centros políticos do mundo e defesa da região não é delegável
 (Agência Brasil)

Celso Amorim: para ministro, visão estratégica brasileira é de que a Unasul deverá ser, progressivamente, um dos centros políticos do mundo e defesa da região não é delegável (Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 13 de setembro de 2013 às 16h08.

Buenos Aires - O ministro brasileiro da Defesa, Celso Amorim, propôs nesta sexta-feira, 13, a criação de uma Comissão de Assessoria Militar que funcione permanentemente junto à Secretaria Geral da União de Nações Sul-americanas (Unasul), com foro de análise de estratégias de defesa regional.

O principal foco dos países é o desenvolvimento de projetos conjuntos para fortalecer o sistema de proteção de defesa cibernética.

O assunto será discutido em dezembro, durante reunião entre autoridades brasileiras e uma missão argentina, em Brasília (DF).

"É necessário fortalecer o Conselho de Defesa Sul-americano (CDS) por meio de mecanismos que permitam contato mais constante, entre as respectivas Forças Armadas e entre as instituições de Defesa", disse Amorim durante conferência para oficiais de alto comando do Exército, Marinha e Aeronáutica da Argentina e representantes das três forças brasileiras que se encontram no país, realizando cursos na área de Defesa, em Buenos Aires.

"A América do Sul tem um papel que exerce na ordem mundial, contribuindo como uma força para a paz e a justiça, além do pleno cumprimento das normas internacionais", afirmou.

Segundo ele, a visão estratégica brasileira é de que a Unasul deverá ser, progressivamente, um dos centros políticos do mundo e a defesa da região não é delegável. "Estamos diante de ameaças novas, impulsionadas por tremendo progresso tecnológico, direcionado a fins incompatíveis com um mundo mais pacífico e democrático", afirmou.

O ministro mencionou o episódio de espionagem por parte dos Estados Unidos no Brasil e nos demais países da região. "De acordo com recentes revelações, a América do Sul aparece como uma região sujeita a operações de espionagem em massa e temos que refletir sobre como cooperar para enfrentar estas novas formas de ataque e intrusão em nossa soberania", afirmou o ministro.

Ele recordou que os fatos de espionagem estão relacionados aos recursos naturais dos países e a região representa 12% da superfície terrestre, na qual tem 25% do total de terras cultiváveis, 25% da água doce do mundo, 40% da biodiversidade do planeta, reservas de mais de 120 bilhões de barris de petróleo e enormes reservas de recursos minerais.

"O Conselho de Defesa Sul-americano tem a tarefa de avaliar as ameaças à soberania dos países da região à luz da valoração destes ativos em nível global", observou.

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