Lava Jato: nesta quinta-feira, 23, a Polícia Federal deflagrou a Operação Blackout, 38ª fase da Lava Jato (Polícia Federal/Divulgação)
Estadão Conteúdo
Publicado em 23 de fevereiro de 2017 às 12h56.
São Paulo - O delegado da Polícia Federal Igor Romário de Paula afirmou nesta quinta-feira, 23, que "vai ser preciso mais que um princípio de incêndio para parar a equipe da Lava Jato".
Na segunda-feira, 20, houve um princípio de incêndio no prédio da superintendência da Polícia Federal em Curitiba, no bairro Santa Cândida - sede oficial da maior operação de combate à corrupção do País.
No dia seguinte, o diretor-geral da PF, Leandro Daiello, desembarcou em Curitiba para visitar o epicentro do escândalo Petrobrás. Nesta quinta-feira, 23, a Polícia Federal deflagrou a Operação Blackout, 38ª fase da Lava Jato.
Os alvos de mandados de prisão são os operadores do PMDB Jorge e Bruno Luz, pai e filho respectivamente. Os lobistas estão fora do País e entraram na lista da Interpol.
Em entrevista coletiva, Igor Romário refutou os boatos de esvaziamento da Lava Jato. "Há um fato que não pode ser negado. A Operação Lava Jato aconteceu durante a administração atual, do Dr. Leandro, e ela prosseguiu na administração do Dr Leandro. Não há o que se falar em nenhum tipo de ação para prejudicar", declarou.
"Quanto ao evento mais recente, eu costumo falar com o pessoal da equipe aqui que 'o bom marinheiro não se faz em águas calmas, ele se faz nas tormentas'. Vai ser preciso mais que um princípio de incêndio para parar a equipe da Lava Jato", afirmou o delegado.
O princípio de incêndio, que atingiu na madrugada de segunda-feira o subsolo do prédio, prejudicou parte da iluminação, telefonia e sistema de informática da superintendência - provocando a suspensão do expediente normal.
O maior prejuízo é para quem retira passaporte. Peritos da Polícia Federal apuram o que provocou o fogo. Uma suspeita é de que tenha ocorrido um curto circuito. Ninguém ficou ferido.
Igor Romário lamentou ainda a saída do delegado federal Márcio Adriano Anselmo, da equipe da Lava Jato na PF em Curitiba.
"É uma saída por todos nós sentida. Ao contrário das demais, ele é uma pessoa que a gente insistiu bastante que ficasse, mas foi uma opção pessoal dele", explicou.