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Ao vivo: CPI da Covid ouve Marcelo Blanco, ex-assessor da Saúde; acompanhe

O militar participou de jantar em um restaurante em Brasília onde teria sido feita a proposta de pagamento de propina na comercialização de doses da AstraZeneca

Coronel Marcelo Blanco. (Najara Araujo/Agência Câmara)

Coronel Marcelo Blanco. (Najara Araujo/Agência Câmara)

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Gilson Garrett Jr

Publicado em 4 de agosto de 2021 às 06h00.

Última atualização em 4 de agosto de 2021 às 10h18.

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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid no Senado ouve neste momento o tenente-coronel da reserva Marcelo Blanco da Costa. O nome dele foi um dos mais citados em outros depoimentos por envolvimento em supostas irregularidades na compra de vacinas contra a covid-19.

Assista ao vivo:

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Expectativa para o depoimento

Blanco foi assessor do departamento de logística do Ministério da Saúde, e exonerado em janeiro. O militar participou de jantar em um restaurante em Brasília onde teria sido feita a proposta de pagamento de propina na comercialização de 400 milhões de doses do imunizante da AstraZeneca.

Em depoimento à CPI em julho, o cabo Luiz Paulo Dominguetti, representante da intermediária Davati Medical Supply, afirmou que recebeu pedido de propina de um dólar por dose do ex-diretor de logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias - chefe de Blanco -, em troca de assinar contrato de venda de vacinas da AstraZeneca com o Ministério. O laboratório diz que não tem intermediários e negocia vacinas diretamente com governos.

O pedido de propina, de acordo com o Dominguetti, foi feito no dia 25 de fevereiro deste ano, em jantar no restaurante Vasto, em um shopping em Brasília, onde esteve presente o coronel Blanco, que o teria apresentado a Dias.

Roberto Ferreira Dias, que recebeu voz de prisão ao final de seu depoimento aos senadores no começo de julho, afirmou, inicialmente, que seu encontro com Dominguetti e Blanco no restaurante em Brasília foi casual, mas depois assumiu que o coronel sabia que ele estaria no local.

A confirmação só saiu depois que áudios foram exibidos durante a sessão da CPI, desmentindo o que ele havia falado. Após o encontro com o suposto pedido de propina, Dias e Dominguetti tiveram uma nova reunião, no dia seguinte, no Ministério da Saúde para tratar dos detalhes da negociação.

Na terça-feira, 3, o reverendo Amilton Gomes de Paula, presidente da ONG Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários (Senah), prestou depoimento aos senadores da CPI. O fundador da entidade foi apontado por Dominguetti como um "intermediador" entre o governo federal e empresas que ofertavam vacinas contra a covid-19. O cabo disse que o religioso “abriu as portas” do Ministério da Saúde.

No depoimento, Amilton de Paula disse que “se arrepende” de ter estado no meio dessas negociações. Também afirmou que “não se lembrava” de mensagens trocadas com Dominguetti ou mesmo de conhecer o ex-diretor de logística do Ministério da Saúde.

(Com Agência Senado)

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