A instituição Presidente da República foi a que sofreu a maior queda de credibilidade de 2014 para cá (Ueslei Marcelino/Reuters)
Da Redação
Publicado em 24 de janeiro de 2016 às 05h00.
Última atualização em 1 de agosto de 2017 às 16h04.
São Paulo – Quando o assunto é economia ou política, o pessimismo reina entre os brasileiros. Em pesquisa da plataforma de crowdsourcing PiniOn, 93% dos brasileiros considera que o país passa por uma crise político-econômica e apenas 14% deles espera que a situação melhore em 2016.
Para metade dos 4.962 entrevistados de todo o Brasil, o cenário para o ano que se inicia é de piora se comparado a 2015. Outros 36% veem um horizonte de desesperança e creem que a tendência é que tudo se mantenha sem mudanças.
Falando apenas em fatores econômicos, a pesquisa da PiniOn mostra que 58% dos brasileiros espera que o país se complique ainda mais no mercado. Novamente, apenas um a cada sete acha que a economia pode melhorar, tendo em vista as ações que o governo federal prepara para o ano que vem. São 28% os que acham que nada deve mudar.
Na hora de eleger o responsável pela situação do país, 95% disseram que a crise está ligada a problemas políticos do país. Para a grande maioria dos entrevistados, a justificativa do governo de que outros países emergentes também teriam perdido arrecadação com a queda de preços das commodities não foi lembrada.
Em políticas públicas, a população também não deposita muitas esperanças. Ao tratar de educação, saúde e segurança, 53% acreditam em uma piora do cenário para o ano que vem. Só 9% acham que será melhor.
LUZ NO FIM DO TÚNEL
Se no cenário político o brasileiro está desesperançoso, o otimismo resiste em projetos pessoais. Mais acostumados à volatilidade da crise e à necessidade de planejamento financeiro, 76% dos entrevistados afirmaram ter estabelecido metas para o ano que vem.
Mais interessante é que nada menos que 93% destes disseram estar confiantes que conseguiriam cumprir suas metas. Os objetivos são diversos: conquistas profissionais lideram a lista, com 12% das respostas, seguido de poupar dinheiro e conquistas nos estudos, com 9% cada.
Esse espectro entra em linha com a pesquisa divulgada esta semana pelo Ibope Inteligência em parceria com a Worldwide Independent Network of Market Research (WIN), em que 50% da população brasileira acredita em um 2016 melhor que 2015.
Ao mesmo tempo, o Ibope ressalta que o brasileiro já esteve entre as mais otimistas nações do mundo, lista que não figura neste ano. O otimismo do brasileiro está abaixo da média global da pesquisa, que gira em 54%.