Memória de caixa-preta do voo 447, achada durante as buscas (Divulgação/BEA)
Da Redação
Publicado em 15 de junho de 2011 às 16h51.
Paris - A última operação de resgate dos corpos das vítimas do voo Rio-Paris que caiu no Oceano Atlântico em junho de 2009 custou 6 milhões de euros (R$ 13,5 milhões), informou nesta quarta-feira o Ministério de Transportes da França.
Essa última etapa, que durou sete semanas, foi financiada pelo Estado francês, da mesma forma que as quatro operações anteriores. Fontes ministeriais consultadas pela Agência Efe não precisaram o custo das demais atividades.
A recente operação foi concluída no último dia 3, realizada pelo navio Ile de Sein. A embarcação, contudo, não deve chegar ao porto de Bayonne (sudoeste da França) antes desta quinta-feira.
Os corpos serão levados a um instituto médico-legal ainda não informado para identificação. Já as peças resgatadas do avião da companhia Air France serão transferidas a um hangar da Direção Geral de Armamento (DGA) em Toulouse (sul da França).
O secretário de Transportes francês, Thierry Mariani, e funcionários do Escritório de Investigação e Análise (BEA) se reuniram nesta quarta-feira com membros do comitê de informação das famílias das vítimas do voo AF447, que levava 228 pessoas a bordo.
Também participaram desse encontro membros da Guarda Nacional francesa e da companhia Air France, que expuseram, segundo o comunicado, "as grandes linhas das operações de identificação dos corpos e de sua restituição às famílias".
Ao todo, foram resgatados 104 corpos, que se somam aos 50 encontrados na superfície nos dias seguintes à tragédia. Cabe ao Tribunal de Grande Instância de Paris decidir se haverá uma nova operação de busca dos demais corpos.
Nessa reunião, segundo a nota do Ministério de Transportes, Mariani destacou também que a Justiça francesa e o BEA devem agora continuar suas respectivas investigações para determinar "as causas deste drama".
Está previsto que o BEA publique ainda em junho um segundo relatório preliminar sobre as causas do acidente, depois de o primeiro apontar uma falha nas sondas de medição de velocidade como origem do acidente.