Hospital de Campanha do Complexo Esportivo do Ibirapuera: unidade deve contar com 268 leitos, sendo 240 de baixa complexidade e 28 de UTI. (Miguel Schincariol/Getty Images)
Gilson Garrett Jr
Publicado em 25 de setembro de 2020 às 14h43.
Última atualização em 25 de setembro de 2020 às 14h51.
O governo de São Paulo vai fechar, no próximo dia 30 de setembro, o hospital de campanha do Ibirapuera, o último ainda em funcionamento dedicado ao atendimento exclusivo a pacientes com covid-19.
De acordo o secretário da Saúde, Jean Gorinchteyn, o que motivou a decisão foi a diminuição no número de internações nas últimas semanas. A taxa de ocupação de leitos de UTI no estado está em 46,3%, e na Grande São Paulo é de 45,3%. Os valores são os mais baixos desde o começo da pandemia, em março.
Outro dado positivo é o número de novas internações. De acordo com o secretário, foram 1.110 na última semana, a menor demanda desde maio. Em julho, o pico chegou a quase 2.000 solicitações de vagas em leitos de hospital.
“Estamos em quarentena, mas as taxas de ocupação são as melhores de todo o Plano São Paulo. Após cinco meses de funcionamento, ele atendeu 3.189 pacientes de 106 municípios do estado”, disse o secretário em entrevista coletiva nesta sexta-feira, 25.
Ainda segundo Gorinchteyn, todo o equipamento dos 268 leitos será doado para unidades de atendimento de saúde pública do estado de São Paulo.
Durante a pandemia, a capital paulista chegou a ter quatro hospitais de campanha. Mais de 5.500 pessoas chegaram a ficar internadas nessas unidades criadas emergencialmente. A queda na demanda, entretanto, é o argumento da prefeitura e do estado para encerrar as atividades nesses locais.