São Paulo – A novela envolvendo o aplicativo de transporte
Uber e os taxistas terá dois novos capítulos nesta semana. Em
São Paulo, será votado nesta tarde o Projeto de Lei 349/2014, que pede a proibição de aplicativos para transporte. Do lado de fora, cerca de 500 taxistas se reuniram para pressionar os vereadores durante a votação. No
Rio de Janeiro, a expectativa é ainda maior. Um projeto parecido, aprovado em duas votações na Câmara dos Vereadores,
deve ser sancionado pelo prefeito Eduardo Paes. Na capital fluminense, o Uber criou uma campanha para que seus usuários enviem um e-mail diretamente a Paes pedindo o veto com a mensagem “não tire o meu direito de escolha”.
Entenda a discussão Os taxistas alegam que o Uber oferece um serviço de táxi ilegal e que a concorrência é desleal, uma vez que os chamados “motoristas parceiros” do aplicativo não pagam as mesmas taxas que os donos de táxi. O Uber, por sua vez, diz que sua atuação ajuda a gerar renda e facilitar o trânsito nas cidades em que atua. No meio da discussão, a presidente
Dilma Rousseff declarou, na última semana, que o Uber é complexo e “tira o emprego de taxistas”, mas reconheceu que “a tecnologia sempre produziu isso no mundo”. Essa foi uma das primeiras vezes que um chefe de Estado se manifestou publicamente contra as atividades da empresa. Navegue pelos slides e veja alguns números dessa disputa.