Luciano Hang: conta do empresário foi excluída nesta sexta-feira (Adriano Machado/Reuters)
Agência O Globo
Publicado em 24 de julho de 2020 às 15h31.
Última atualização em 24 de julho de 2020 às 16h55.
O Twitter e o Facebook suspenderam as contas de pessoas investigadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no inquérito das fake news, que investiga uma suposta rede de disseminação de notícias falsas e ataques a ministros da Corte. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa do STF. A suspensão atende uma ordem expedida pelo ministro Alexandre de Moares, responsável pela condução do caso. Em comunicados divulgados pelas empresas, Twitter e Facebook mencionam apenas que a suspensão se deu por força de uma decisão judicial do STF.
Entre as contas suspensas estão as dos blogueiros Allan Lopes dos Santos e Bernardo Pires Kuster. Também foram suspensas as contas do empresário Luciano Hang e da militante Sara Geromini.
O GLOBO apurou que, no Twitter, foram suspensas 16 contas. Por meio de nota, a empresa se limitou a dizer que atendeu a uma decisão do STF. “O Twitter agiu estritamente em cumprimento a uma ordem legal proveniente de inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF)”, diz a nota.
O número de contas suspensas no Facebook ainda não foi divulgado. Por nota, a empresa disse apenas que “respeita o judiciário e cumpre ordens legais válidas”.
O inquérito das fake news foi instaurado no ano passado pelo presidente da Corte, Dias Toffoli e, desde então, vem sendo relatado pelo ministro Alexandre de Moraes. A investigação vem centrando suas atenções em um grupo de blogueiros e empresários bolsonaristas que vêm divulgando ofensas, ameaças e críticas a autoridades e integrantes da Corte.