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Turistas poderão se integrar ao Passaporte Verde na Copa

O Passaporte Verde foi apresentado hoje (2) a empresários do Rio de Janeiro na Jornada da Sustentabilidade


	Fuleco na areia de Copacabana: com 60 roteiros verdes, iniciativa envolve as 12 cidades-sede da Copa
 (Mario Tama/Getty Images))

Fuleco na areia de Copacabana: com 60 roteiros verdes, iniciativa envolve as 12 cidades-sede da Copa (Mario Tama/Getty Images))

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Da Redação

Publicado em 2 de junho de 2014 às 19h29.

Rio de Janeiro - Os mais de 600 mil turistas estrangeiros e os 3 milhões de brasileiros que circularem no país durante a Copa do Mundo poderão usar um aplicativo de celular ou um guia na internet para se integrar ao Passaporte Verde, uma iniciativa do Programa das Nações Unidas Para o Meio Ambiente (Pnuma), que está sendo relançada neste ano no Brasil para estimular o turismo sustentável durante o Mundial.

O Passaporte Verde foi apresentado hoje (2) a empresários do Rio de Janeiro na Jornada da Sustentabilidade, que já passou por Salvador e visitará também Brasília, São Paulo e Belo Horizonte.

Com 60 roteiros verdes, a iniciativa envolve as 12 cidades-sede da Copa.

As atividades que fazem parte da programação foram escolhidas para valorizar ações como o uso dos transportes públicos, a hospedagem em estabelecimentos sustentáveis e o contato com a natureza e com costumes locais: "Fizemos um levantamento de propostas de roteiros dentro das cidades-sede e no seu entorno em que os visitantes possam praticar ecoturismo, andar de bicicleta ou a pé e que valorizem a gastronomia e a cultura locais, disse o consultor do Pnuma Fernando Sousa.

"Estamos usando a Copa do Mundo como uma desculpa, um pontapé para estimular a discussão da sustentabilidade no turismo. Além de envolver os estabelecimentos, é preciso trabalhar com o consumidor", acrescentou Sousa.

Com a proximidade da Copa, que será aberta no dia 12 deste mês, um dos objetivos da campanha é quebrar mitos como o de que a sustentabilidade é difícil de ser implementada e torna os serviços mais caros, explicou o consultor do Pnuma.

"Propomos ações simples, como reduzir o consumo de água e de energia elétrica dos estabelecimentos, o que, no fim das contas, contribui para reduzir os custos operacionais."

Os estabelecimentos que se inscreverem na campanha entram no mapeamento virtual do Passaporte Verde e aparecem como opções para turistas que estejam usando o aplicativo nas proximidades, por exemplo.

Para envolver os viajantes, a campanha conta com ações de marketing e engajamento digital pela internet, como acúmulo de pontos em seu perfil na rede social e compartilhamentos em outras redes.

O slogan da campanha, "Eu cuido do meu destino", será espalhado em postos de informação e na internet, onde dicas que vão desde como arrumar a mala até a saída do país podem ser conferidas.

De acordo com dados apresentados pelo Pnuma, um turista gasta, em média, três vezes mais água e produz duas vezes mais resíduos.

Na Copa, a estimativa do programa da ONU é que 76% das emissões de gases sejam geradas em serviços aos turistas, principalmente em seu deslocamento de avião, a infraestrutura produza 16% e os estádios, 5%.

Empresários presentes ao encontro questionaram o fato de cidades fluminenses como Paraty, onde o Passaporte Verde começou no Brasil, em 2008, e Teresópolis, onde há parte do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, estarem fora do programa.

Sousa explicou que os destinos foram selecionados em conjunto com as secretarias de Turismo e Meio Ambiente dos estados e privilegiaram, entre outros critérios, locais mais próximos das cidade-sedes do Mundial.

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