Manifestantes protestam em apoio à suspensão da CPI dos Ônibus: primeira sessão, seis dias antes, foi marcada por tumulto e confronto entre grupos favoráveis e contra integrantes da CPI (Fernando Frazão/ABr)
Da Redação
Publicado em 5 de setembro de 2013 às 19h30.
Rio de Janeiro – A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Ônibus retomou seus trabalhos hoje (5), na Câmara dos Vereadores do Rio, após uma semana de atraso.
A demora foi causada por uma decisão da juíza Roseli Nalim, da 5ª Vara de Fazenda Pública do Rio, que revogou, no último dia 28, liminar que impedia o funcionamento da comissão.
A primeira sessão, seis dias antes, foi marcada por tumulto e confronto entre grupos favoráveis e contra os integrantes da CPI. Um tênis chegou a ser atirado da galeria em direção ao relator, Professor Uóston (PMDB).
Nesta quinta-feira, a segunda sessão da CPI, criada para investigar os contratos das empresas de ônibus do Rio de Janeiro com a prefeitura municipal, foi interrompida diversas vezes por manifestantes, que jogaram moedas em direção a seus membros da CPI.
O vereador Reimont (PT), que tinha sido indicado para o lugar de Eliomar Coelho (PSOL), autor da proposta de criação da CPI, decidiu não participar mais da comissão e foi substituído por Marcelo Queiroz (PP).
Ao deixar o colegiado, Eliomar Coelho alegou não reconhecer legitimidade nos demais membros do grupo. Hoje, foi Reimont quem deixou a CPI. “Quando me perguntam se quero uma CPI, digo: 'claro que quero, mas, não quero esta CPI que está aí'. Nós, do PT, renunciamos em bloco para não participar de uma discussão que não vai dar em nada”, disse o vereador.
O presidente da CPI, Chiquinho Brazão, o relator, Professor Uóston, Jorginho da SOS, todos do PMDB, Renato Moura, do PTC, e Marcelo Queiroz, do PP, que também fazem parte do colegiado, não assinaram o pedido de criação da comissão parlamentar de inquérito e são da base aliada ao prefeito Eduardo Paes.