Brasil

"Tudo pode acontecer", diz Bolsonaro sobre saída do Mercosul

Em entrevista, o ministro das Relações Exteriores havia dito que não está descartada a saída do Brasil do bloco

Jair Bolsonaro: "Nada contra o povo, nem governo, queremos que contratos assinados sejam cumpridos" (Isac Nóbrega/PR/Flickr)

Jair Bolsonaro: "Nada contra o povo, nem governo, queremos que contratos assinados sejam cumpridos" (Isac Nóbrega/PR/Flickr)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 25 de novembro de 2019 às 21h28.

São Paulo — O presidente Jair Bolsonaro disse nesta segunda-feira, 25, que "tudo pode acontecer na vida da gente", quando questionado se o Brasil pode deixar o Mercosul devido a mudança política na Argentina.

Em entrevista ao Valor, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, disse que não está descartada a saída do Brasil do bloco. Bolsonaro voltou a torcer pela vitória de Lacalle Pou a presidente do Uruguai. "Espero, pelo que tudo indica, vai ser confirmado o Lacalle no Uruguai. Uma vez confirmando, vou ligar para cumprimentá-lo, e em março irei à posse", disse.

O presidente repetiu críticas ao presidente eleito da Argentina, Alberto Fernández. "Agora, não vou à posse de um cara que se elege falando Lula Livre, não vou", declarou.

Bolsonaro criticou proposta de Fernandez de congelar preços e subir salários. "Você acha que vai dar certo? Vai ser a primeira vez no mundo que dará certo. No Brasil tentaram várias vezes e não deu. Boa sorte para ele, só acho que não vai dar certo", afirmou.

Bolsonaro disse esperar que acordos feitos com Maurício Macri sejam mantidos. "Nada contra o povo, nem governo, queremos que contratos assinados sejam cumpridos", disse.

Segundo o presidente, a ideia do Brasil será reforçar acordo com a União Europeia em encontro da cúpula do Mercosul, que ocorre de 2 a 6 de dezembro em Bento Gonçalves (RS). "Depende dos parlamentos. União Europeia e nossos aqui. A gente vai divulgar o que for possível. É muito bom para o comércio nosso e da Europa".

Acompanhe tudo sobre:Alberto FernándezBrasilMauricio MacriMercosul

Mais de Brasil

STF rejeita recurso e mantém pena de Collor após condenação na Lava-Jato

O que abre e o que fecha em SP no feriado de 15 de novembro

Zema propõe privatizações da Cemig e Copasa e deve enfrentar resistência

Lula discute atentado com ministros; governo vê conexão com episódios iniciados na campanha de 2022