Deputado Antonio Imbassahy (PSDB-BA) (Viola Junior/Câmara dos Deputados)
Marcelo Ribeiro
Publicado em 15 de dezembro de 2016 às 16h06.
Brasília - Após a promulgação da PEC do Teto de gastos públicos e a admissibilidade da PEC da reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ), o presidente Michel Temer (PMDB) recebeu uma série de ligações de integrantes do PSDB no final da manhã desta quinta-feira (15).
Segundo interlocutores de Temer, as chamadas tinham como único objetivo cobrar o presidente sobre a indicação de Antonio Imbassahy para a Secretaria do Governo, cargo deixado há quase três semanas por Geddel Vieira Lima (PMDB-BA).
Por que a pressão ganhou força nesta quinta-feira? Temer teria acordado com os senadores Aécio Neves (PSDB-MG) e Aloysio Nunes (PSDB-SP) e com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) que confirmaria a indicação do tucano para o posto logo após a aprovação de medidas econômicas.
Vale lembrar que o Centrão chegou a articular para que Imbassahy não fosse confirmado no cargo. Após reuniões com o presidente, o bloco cedeu. Temer teria garantido ao grupo formado por partidos conservadores que a indicação do tucano não representava um apoio formal dele à reeleição de Rodrigo Maia (DEM-RJ) ao comando da Casa.