Domingos Sávio (PSDB-MG): deputado atacou a gestão petista por indicar "filiados e advogados de partido" para a Suprema Corte (Gustavo Lima/Câmara dos Deputados)
Da Redação
Publicado em 27 de fevereiro de 2014 às 16h24.
Brasília - O líder da minoria na Câmara dos Deputados, Domingos Sávio (PSDB-MG), disse que a absolvição de oito condenados do mensalão pelo crime de formação de quadrilha era um resultado previsto, já que o Supremo Tribunal Federal (STF), em sua opinião, passa por um "grave processo de politização". "O STF começa a ter uma montagem de quadros políticos", concluiu o tucano.
Falando claramente sobre a nomeação do ministro Dias Toffoli, Sávio atacou a gestão petista por indicar "filiados e advogados de partido" para a Suprema Corte. "Basta mais uma ou duas gestões para a gente pode ter um STF literalmente partidário", afirmou.
Dias Toffoli foi advogado do PT nas campanhas eleitorais de 1998, 2002 e 2006 e, após atuar como advogado-geral da União entre 2007 e 2009, foi indicado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao STF.
Em sua opinião, só a alternância de poder pode diversificar os quadros do STF nos próximos anos. "Um ministro não pode e não deve ter posição partidária", insistiu.
Não faltaram críticas também às nomeações dos ministros Teori Zavascki e José Roberto Barroso, últimos a integrar o colegiado. "As duas últimas indicações que já se deram durante o julgamento do STF foram ligações que o Brasil inteiro testemunhou que são partidárias. Isso é terrível, é implantação de um processo ditatorial de maneira anunciada. É a morte anunciada da democracia", esbravejou.