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TST aumenta multa e federação dos petroleiros pede a suspensão da greve

No último dia 30, a corte aumentou a multa diária para os sindicatos que aderissem à paralisação. Valor saltou de 500 mil para 2 milhões de reais

Greve dos petroleiros em Duque de Caxias, refinaria da Petrobras (Ricardo Moraes/Reuters)

Greve dos petroleiros em Duque de Caxias, refinaria da Petrobras (Ricardo Moraes/Reuters)

Gabriela Ruic

Gabriela Ruic

Publicado em 31 de maio de 2018 às 09h55.

Última atualização em 31 de maio de 2018 às 10h12.

São Paulo - A Federação Única dos Petroleiros (FUP) anunciou na manhã desta quinta-feira que está recomendando a suspensão da greve da categoria. O movimento, disse a entidade em um comunicado, vem depois de o Tribunal Superior do Trabalho (TST) ter aumentado de 500 mil para 2 milhões de reais a multa diária para os sindicatos que aderissem à paralisação.

“A decisão do TST é claramente para criminalizar e inviabilizar os movimentos sociais e sindicais. Diante disso, a FUP orienta os sindicatos a suspenderem a greve. Um recuo momentâneo e necessário para a construção da greve por tempo indeterminado, que foi aprovada nacionalmente pela categoria”, explicou a FUP, que conta com 13 sindicatos filiados em todas as regiões do país e diz representar ao menos 100 mil trabalhadores do setor.

"Os petroleiros saem da greve de cabeça erguida, pois cumpriram um capítulo importante dessa luta, ao desmascarar os interesses privados e internacionais que pautam a gestão da Petrobras", afirmou a FUP.

Greve

A greve dos petroleiros se iniciou ontem, 30, e teria a duração de ao menos 72 horas. A ideia da paralisação, até então, era a de enviar uma “advertência” e construir uma greve por tempo indeterminado. As reivindicações principais dos sindicatos era a redução no preço dos combustíveis e a saída de Pedro Parente do comando da Petrobras.

Uma decisão do TST, no entanto, considerou a paralisação da categoria ilegal. Na ocasião, a corte considerou que a mesma “trata-se, a toda evidência, de greve de caráter político”. “Não há pauta de reivindicações que trate das condições de trabalho dos empregados da Petrobras, até porque não se vislumbra a proximidade da data-base da categoria”, dizia a decisão que fixou, ainda, multa diária de 500 mil para todos os filiados. No mesmo dia, o TST ampliou o valor da penalidade, que saltou para 2 milhões de reais.

O anúncio da paralisação dos petroleiros deixou o país em uma situação ainda mais sensível, já que a greve convocada pelos caminhoneiros, cujos bloqueios ainda persistem em alguns pontos do país, causava uma crise geral de abastecimento de combustíveis e comida. Havia o temor de que o movimento da FUP pudesse impactar ainda mais o fornecimento de combustíveis, mas essa possibilidade foi negada pela entidade.

 

 

 

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