Aécio Neves (PSDB) durante um comício eleitoral na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro (Ricardo Moraes/Reuters)
Da Redação
Publicado em 21 de outubro de 2014 às 18h15.
Brasília - O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) continua a suspender propagandas eleitorais que possuem "ataques pessoais".
Desde o final de tarde de segunda-feira, 20, os ministros da Corte determinaram que a campanha de Aécio Neves (PSDB) não reprise ao menos três propagandas eleitorais.
O tucano não poderá mais veicular, por exemplo, inserções de rádio e de televisão que usam áudio em que Dilma faz supostos elogios a Aécio.
A campanha de Dilma levou o caso ao TSE alegando que o PSDB usou o áudio descontextualizado, editando entrevista de rádio "a fim de confundir o eleitor, com informação de que Dilma aprova e apoia a candidatura de Aécio".
As propagandas trazem fala da petista dizendo que Aécio "sem sombra de dúvidas um dos melhores governadores do País".
As inserções com os supostos elogios de Dilma a Aécio foram ao ar no domingo em dois momentos na televisão e em diversas entradas no rádio. Os ministros Tarcísio Vieira de Carvalho e Admar Gonzaga foram os responsáveis por barrar as propagandas.
Ontem, a campanha de Aécio também foi proibida de veicular novamente propaganda que insinua que o ex-ministro José Dirceu, condenado no processo do mensalão, integraria a equipe da candidata Dilma Rousseff (PT) em um eventual segundo mandato.
A decisão foi do ministro Herman Benjamin.
Na outra propaganda analisada por Benjamin, os tucanos afirmam que "Dilma e o PT estão fazendo a campanha mais baixa, agressiva e mentirosa" da histórica recente do Brasil e concluem a inserção com a frase "Aécio é o Brasil sem medo do PT".
A decisão de suspender as propagandas segue o novo entendimento do TSE, adotado para o segundo turno, de barrar "ataques pessoais" no horário eleitoral e nas inserções no rádio e na TV.
Na última quinta-feira, em sessão plenária, os ministros decidiram deixar de lado a postura minimalista adotada no primeiro turno e intervir mais na campanha por considerarem que os ataques se intensificaram.
Os ministros ressaltam que podem retirar tempo de propaganda caso as campanhas insistam em veicular inserções com ataques.
O ministro Admar Gonzaga já começou a determinar, em decisão liminar, a perda do tempo de propaganda. Só ontem, Gonzaga cassou 4 minutos de inserções televisivas de Dilma e 2 minutos e 30 segundos de inserções de Aécio.