Brasil

TSE quer ouvir delatores em processo sobre cassação de Dilma

Corregedor-geral quer ouvir o doleiro e o ex-diretor da Petrobras no processo ajuizado pelo PSDB que pede investigação eleitoral da campanha da presidente Dilma


	Doleiro Alberto Youssef: Costa e Youssef deverão esclarecer à Justiça Eleitoral se foram feitos repasses à coligação encabeçada pelo PT no ano passado
 (REUTERS/Rodolfo Buhrer)

Doleiro Alberto Youssef: Costa e Youssef deverão esclarecer à Justiça Eleitoral se foram feitos repasses à coligação encabeçada pelo PT no ano passado (REUTERS/Rodolfo Buhrer)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de abril de 2015 às 18h15.

Brasília - O corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro João Otávio de Noronha, determinou que o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, delatores da Operação Lava Jato, sejam ouvidos no processo ajuizado pelo PSDB que pede a investigação eleitoral da campanha de 2014 da presidente Dilma Rousseff (PT).

A ação de investigação eleitoral foi proposta pela coligação do senador tucano Aécio Neves (MG), derrotado nas eleições presidenciais, e pelo diretório do PSDB no final do ano passado, antes da diplomação da presidente.

Eles querem investigar suposto abuso de poder econômico e político por parte da presidente Dilma e do vice-presidente Michel Temer na campanha do ano passado, com cassação do registro dos candidatos - que pode gerar a cassação do diploma dos dois.

No início da semana passada, o PSDB apresentou um recurso contra a decisão de Noronha que negou pedidos de colheita de provas e inquirição de testemunhas na ação.

O ministro, então, reconsiderou a decisão e determinou o envio de uma carta ao juiz da 13ª Vara Criminal do Paraná, Sérgio Moro, para solicitar o depoimento de Costa e Youssef para que os dois façam "esclarecimentos capazes de influir" no processo.

O PSDB alega que o Tribunal deve examinar a possível captação de recursos de forma ilícita de empresas com contratos firmados com a Petrobras, repassados posteriormente aos partidos que formaram a coligação de Dilma Rousseff, a Com a Força do Povo, formada por PT, PMDB, PDT, PCdoB, PSD, PP, PR, PROS e PRB.

Na delação premiada realizada no âmbito da Lava Jato, Paulo Roberto Costa disse que Youssef solicitou R$ 2 milhões para financiar a campanha da então candidata à presidência Dilma Rousseff.

O destinatário do dinheiro, segundo o relato, teria sido o ex-ministro e coordenador da campanha petista, Antonio Palocci.

As denúncias sobre a campanha de 2010, contudo, não são objeto da análise desta ação no TSE, que investiga a campanha eleitoral de 2014. Costa e Youssef deverão esclarecer à Justiça Eleitoral, portanto, se foram feitos repasses à coligação encabeçada pelo PT no ano passado.

O TSE também quer ouvir um servidor do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), pois o PSDB acusa o órgão de ser envolvido em ocultação de dados econômicos e sociais negativos durante a campanha.

Há outros documentos solicitados para apurar a influência da força do governo durante a campanha, como dados sobre eventos realizados no Palácio da Alvorada durante o período eleitoral.

Acompanhe tudo sobre:Capitalização da PetrobrasDilma RousseffEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEstatais brasileirasGás e combustíveisIndústria do petróleoOperação Lava JatoPersonalidadesPetrobrasPetróleoPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos TrabalhadoresTSE

Mais de Brasil

Lula demite Nísia; Padilha assumirá Ministério da Saúde

Defesa Civil emite alerta severo de chuvas para São Paulo na tarde desta terça

Tarcísio diz que denúncia da PGR contra Bolsonaro 'não faz sentido nenhum' e critica 'revanchismo'

Pé-de-Meia: como funciona o programa e como sacar o primeiro pagamento