João Doria durante caminhada no M'Boi Mirim, dia 24/09/2016 (Divulgação)
Marcelo Ribeiro
Publicado em 19 de dezembro de 2016 às 17h47.
Última atualização em 19 de dezembro de 2016 às 18h09.
São Paulo -- O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou nesta segunda-feira (19) o balanço anual das eleições municipais de 2016. Neste ano, o candidato campeão em arrecadação foi João Doria, prefeito eleito da cidade de São Paulo pelo PSDB.
Considerando despesas e receitas, o TSE fechou o ano com prejuízo superior a R$ 214 milhões. O maior prejuízo ocorreu no 1º turno, quando foram doados mais de R$ 2,7 bilhões, mas gastos R$ 3,4 bilhões. Já no 2º turno, as receitas somaram R$ 581 milhões e as despesas, R$ 146 milhões.
O prejuízo de 2016 cresceu 46,71% em relação a 2012, último ano em que houve eleições municipais, quando o déficit chegou a R$ 145 milhões.
TSE apresenta balanço anual de 2016. Considerando receitas e despesas, houve um prejuízo de mais de R$ 210 milhões neste ano. pic.twitter.com/50UZ9qHMDO
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Quase um milhão de brasileiros fizeram doações eleitorais em 2016 a candidatos e a partidos políticos, segundo o TSE.
Os fundos partidários declararam ter recebido mais de R$ 323 milhões nas eleições deste ano, segundo dados divulgados pelo órgão nesta segunda-feira. O maior aporte ocorreu no 1º turno, quando foram recebidos R$ 288 milhões. Já no segundo turno, o valor chegou a R$ 35 milhões.
Os números foram extraídos dos arquivos de prestação de contas do TSE, atualizados no dia 12 de dezembro.
Segundo o órgão, foram desconsiderados registros de doações cujo CPF do doador apresentava valor "nulo". Nesse caso, as doações aparecem como "recursos de origens não identificadas" ou "rendimentos de aplicações financeiras".
Mais de 400 mil CPFs foram considerados suspeitos de cometer irregularidades em doações nestas eleições.
Quase 1 milhão de CPFs distintos fizeram doações eleitorais em 2016. pic.twitter.com/e9oaTGVpA1
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Mais de 400 mil CPFs foram suspeitos de cometer irregularidades em doações eleitorais em 2016 pic.twitter.com/Rj3YVjLGUu
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O prefeito eleito de São Paulo, João Doria (PSDB), foi o candidato que recebeu mais doações eleitorais em 2016 em todo o país, segundo o TSE. Ele também está na lista de candidatos que mais usaram recursos próprios.
O tucano recebeu mais de R$ 12 milhões em doações e gastou cerca de R$ 4,4 milhões do próprio bolso.
A disputa pela prefeitura da maior cidade do país travou também as maiores despesas em campanhas eleitorais. Fernando Haddad (PT), atual prefeito da cidade, foi o candidato que mais gastou: no total, a campanha do petista custou mais de R$ 16,2 milhões. Doria, que saiu vencedor na disputa paulistana, ficou em segundo lugar nessa lista, com gastos em torno de R$ 12,4 milhões.
João Doria foi o candidato que recebeu mais doações eleitorais em 2016 e um dos prefeituráveis que usou mais recursos próprios. pic.twitter.com/eQpf33I3jm
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Já o PRB, sigla nanica ligada à Igreja Universal, arrecadou o maior valor entre partidos. No total, foram doados R$ 28 milhões à legenda. Ao mesmo tempo, o PRB foi o partido que mais gastou, com R$ 28,4 milhões--o partido foi capaz de eleger Marcello Crivella para a prefeitura do Rio de Janeiro.
O PSDB ficou em segundo lugar nos dois quesitos. Foi a segundo maior arrecadador, com R$ 28 milhões arrecadados, e o segundo que mais gastou, com R$ 25,3 milhões.
Ligado a igreja evangélica, PRB foi o partido que recebeu mais doações: mais de R$28 milhões. Haddad teve gasto recorde: R$ 16,2 milhões. pic.twitter.com/nHPsAJem1g
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