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TSE determina que PF investigue falsa filiação de Lula ao PL

O ingresso falso na sigla adversária ocorreu em 15 julho de 2023 no PL em São Bernardo do Campo (SP), cidade onde Lula tem residência e começou a carreira política

A assessoria do PT afirmou que o presidente Lula sempre esteve filiado ao partido (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A assessoria do PT afirmou que o presidente Lula sempre esteve filiado ao partido (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 11 de janeiro de 2024 às 17h23.

Última atualização em 11 de janeiro de 2024 às 17h29.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) acionou a Polícia Federal (PF) para investigar possível crime na falsa filiação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, feita por outra pessoa, ao Partido Liberal (PL), legenda de Jair Bolsonaro. O sistema da Corte registra até esta quinta-feira, 11, o presidente filiado ao PL.

O ingresso falso na sigla adversária ocorreu em 15 julho de 2023 no PL em São Bernardo do Campo (SP), cidade onde Lula tem residência e começou a carreira política. O presidente estava desde então formalmente desligado do PT, partido do qual é fundador.

Investigação

O presidente do TSE, Alexandre de Moraes, determinou nesta quarta-feira, 10, que o caso seja investigado pela Polícia Federal. "Considerando a existência de indícios de crime a partir da inserção de dados falsos em sistema eleitoral, encaminhem-se cópia dos presentes autos ao diretor-geral da Polícia Federal para adoção de todas as providências cabíveis que deverão, oportunamente, ser informadas a este Tribunal Superior Eleitoral", diz trecho da decisão.

O TSE afirmou, em nota, que "há claros indícios de falsidade ideológica, tendo sido anulada a alteração e requisitada à Polícia Federal a instauração de inquérito policial".

"Torno sem efeito a informação sobre a filiação do presidente da República aos quadros do PL, considerando o fato notório de que integrante do Partido dos Trabalhadores", afirma Moraes.

O Tribunal informou ainda que não houve ataque ao sistema ou falha em sua programação, mas, sim, o uso de credenciais válidas de Daniela Leite e Aguiar, advogada que presta serviços ao PL.

A Secretaria de Tecnologia da Informação da Corte Eleitoral constatou que a conta da advogada realizou mais de 75 mil ações no sistema. Segundo o Tribunal, ainda não houve uma diligência específica sobre esses acessos.

Procurada pelo Estadão para se manifestar, a advogada não foi localizada. O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, minimizou o assunto. "É uma bobagem tão grande que fica ruim perder tempo com isso", disse, ao ser questionado pela reportagem.

A assessoria do PT afirmou que o presidente Lula sempre esteve filiado ao partido.

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