Brasil

TSE decide, por unanimidade, arquivar primeira de duas ações contra Lula

Colegiado entendeu que não foi configurado abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação

Lula: governo atual enfrenta muitos desafios em diversos setores (Ton Molina/Getty Images)

Lula: governo atual enfrenta muitos desafios em diversos setores (Ton Molina/Getty Images)

Estadão Conteúdo
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 19 de outubro de 2023 às 13h24.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou nesta quinta-feira, 19 uma ação em que o ex-presidente Jair Bolsonaro pedia a inelegibilidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo uso de links patrocinados no Google Ads quando usuários faziam buscas com os termos "Lula condenação" e "Lula corrupção PT".

Por unanimidade, o colegiado entendeu que não foi configurado abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação, sem nem analisar o mérito da ação.

Os ministros seguiram o voto do corregedor geral eleitoral, Benedito Gonçalves, de que Bolsonaro e sua coligação "nunca estiveram próximos de comprovar a alegada manipulação eleitoral".

O julgamento foi marcado por ressalvas sobre o impulsionamento de conteúdo e a indicação de que o TSE deve regulamentar o tema para as eleições 2024, com a edição de uma resolução específica. Alguns dos ministros - Raul Araújo e Kassio Nunes Marques - entenderam que os fatos eram graves, mas não "graves o suficiente" para gerar um desequilíbrio na eleição.

Para Gonçalves, "não foi demonstrado que a contratação dos anúncios foi capaz de alterar o padrão de funcionamento do Google Ads".

O TSE começou a julgar na manhã desta quinta duas ações que pedem a cassação e inelegibilidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do seu vice Geraldo Alckmin por supostos atos ilícitos realizados no segundo turno das eleições de 2022. Os dois pedidos foram apresentados pela campanha do ex-presidente Bolsonaro, derrotado no pleito.

Acompanhe tudo sobre:Luiz Inácio Lula da SilvaTSE

Mais de Brasil

STF rejeita recurso e mantém pena de Collor após condenação na Lava-Jato

O que abre e o que fecha em SP no feriado de 15 de novembro

Zema propõe privatizações da Cemig e Copasa e deve enfrentar resistência

Lula discute atentado com ministros; governo vê conexão com episódios iniciados na campanha de 2022