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Troca no ministério deve ocorrer entre esta quinta e sexta, diz Mandetta

O ministro da Saúde confirmou que Bolsonaro busca por um nome para sucedê-lo e chegou a citar que recebeu telefonemas de possíveis substitutos

Mandetta: ministro tem entrado frequentemente em atrito com Bolsonaro por divergência nas estratégia de contenção da covid-19 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Mandetta: ministro tem entrado frequentemente em atrito com Bolsonaro por divergência nas estratégia de contenção da covid-19 (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Clara Cerioni

Publicado em 16 de abril de 2020 às 13h18.

Última atualização em 16 de abril de 2020 às 13h24.

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, disse em videoconferência online com o setor da saúde que a troca no comando da pasta deve acontecer ainda nesta quinta-feira, 16, ou, no mais tardar, na sexta, 17.

Mandetta voltou a garantir na videoconferência, que foi disponibilizada no Youtube, que fará uma transição para seu substituto, que ainda não foi definido, em meio à pandemia da covid-19, doença respiratória provocada pelo coronavírus.

"Nós temos uma perspectiva de troca aqui no ministério, deve ser hoje, no mais tardar amanhã, mas enfim isso deve se concretizar. Nós vamos ter todo o cuidado, porque o nosso foco é o vírus e a gente vai ter todo o cuidado para amparar quem quer que seja que venha para cá, não vamos fazer nenhum movimento brusco", disse Mandetta.

"Eu sou uma peça menor dessa engrenagem desta equipe que tem aqui, a equipe é muito boa. Eu escolhi minha equipe basicamente com gente concursada", acrescentou.

Mandetta reconheceu na véspera, em entrevista coletiva no Palácio do Planalto, que sabe da busca do presidente Jair Bolsonaro por um nome para sucedê-lo e chegou a citar que recebeu telefonemas de possíveis substitutos.

O ministro tem entrado frequentemente em atrito com Bolsonaro por divergência nas estratégia de contenção da disseminação do coronavírus.

Mandetta tem seguido as diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da maior parte da classe científica ao defender o isolamento social para frear a propagação da doença. O presidente, por sua vez, é contra o distanciamento e aponta que essa estratégia terá duros impactos econômicos.

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