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Da Redação
Publicado em 5 de abril de 2013 às 21h51.
Brasília - A presidente Dilma Rousseff reuniu-se nesta quinta-feira (04) com o tributarista Heleno Torres, no Palácio do Planalto, para discutir a vaga aberta no Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com outros candidatos, integrantes do STF e do governo, a aposta é que Torres deverá substituir o ministro Carlos Ayres Britto, que deixou a Corte em novembro. O tributarista confirmou que se reuniu com Dilma, mas disse não ter recebido o convite.
"Fiz apenas uma apresentação técnica a ela", afirmou. Torres afirmou que foi ao gabinete porque a Dilma queria conhecê-lo, mas que deixou a reunião sem um convite formal. "Eu juro de joelhos que saí sem um convite feito", disse. A disputa pela cadeira do STF virou uma novela que se arrasta desde 2012. No meio jurídico, há certa pressão para a nomeação de um nordestino como Britto, que é de Sergipe. Os outros integrantes do Supremo são do sul-sudeste.
O "vazamento" do encontro no Planalto, que contou com a presença do ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo, irritou a presidente. Auxiliares de Dilma negaram que ela tenha tomado uma decisão sobre o assunto. Cardozo declarou que Dilma finaliza o processo de escolha, mas ressalvou que ainda não há convite feito.
Até agora, porém, o tributarista foi o único chamado para uma conversa reservada com a presidente. Torres é professor de direito tributário da Universidade de São Paulo (USP). Pernambucano, ele tem 46 anos e conta com o apoio do ministro do STF Ricardo Lewandowski, que foi revisor do processo do mensalão, do prefeito de São Bernardo do Campo, no Grande ABC (SP), Luiz Marinho (PT), e do advogado-geral da União, Luiz Inácio Adams.
Torres garantiu que a presidente prometeu que ainda ouvirá outros candidatos que ela selecionou. Entretanto, outros dois aspirantes que estavam na disputa e tinham o nome lembrado praticamente jogaram a toalha nesta sexta-feira. O novo ministro do Supremo herdará a relatoria da ação penal do mensalão tucano, tendo como principal réu o deputado Eduardo Azeredo (PSDB-MG). Se escolhido nos próximos dias, poderá ainda participar do julgamento dos embargos na ação penal do escândalo do mensalão do PT.