Naufrágio no Pará: a embarcação Capitão Ribeiro não tinha registro fornecido pela Arcon (TV Liberal/Reprodução)
Estadão Conteúdo
Publicado em 24 de agosto de 2017 às 21h17.
Três pessoas foram detidas nesta quinta-feira, 24, quando tentavam saquear a embarcação que naufragou na madrugada de quarta no Pará, segundo informações da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup).
Pelo menos 21 pessoas morreram no acidente com o barco Capitão Ribeiro, que seguia pelo Rio Xingu entre os municípios de Porto de Moz e Senador José Porfírio, no sudoeste do Pará.
Segundo a Segup, os detidos foram levados à delegacia local. Na embarcação ainda naufragada, que foi içada à superfície na tarde desta quarta, estavam os pertences das vítimas. Segundo o dono do barco, 48 pessoas estavam a bordo no momento do acidente.
A embarcação Capitão Ribeiro não tinha registro fornecido pela Agência Estadual de Regulação e Controle de Serviços Públicos (Arcon).
O barco saiu Santarém e seu destino final era Vitória do Xingu, mas havia paradas nos município de Monte Alegre, Prainha, Porto de Moz e Senador José Porfírio. O trecho do Xingu onde ocorreu o naufrágio é conhecido por fortes correntezas e tem profundidade de até 30 metros.
Segundo comunicado da Arcon, a embarcação pertence à empresa Almeida e Ribeiro Navegação Ltda e realizava "transporte clandestino de usuários".
Embora tivesse sido notificada pela fiscalização da Arcon no dia 5 de junho deste ano para que providenciasse a regularização, nenhum diretor da empresa compareceu ao órgão público. Ou seja, ela continuava irregular, mas navegando normalmente pelos rios da região.