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Trecho Leste do Rodoanel de São Paulo tem segundo atraso

Concessionária não estipula novo prazo para inaugurar o trajeto de 35,8 quilômetros entre o Trecho Sul e a Rodovia Ayrton Senna


	Trecho Sul do Rodoanel: Trecho Leste é a principal obra viária do governo Geraldo Alckmin e deveria ter sido entregue em 10 de março
 (Mário Rodrigues/VEJA SP)

Trecho Sul do Rodoanel: Trecho Leste é a principal obra viária do governo Geraldo Alckmin e deveria ter sido entregue em 10 de março (Mário Rodrigues/VEJA SP)

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Da Redação

Publicado em 26 de maio de 2014 às 22h06.

São Paulo - Remarcada para este mês, a entrega da primeira parte do Trecho Leste do Rodoanel paulista teve novo atraso.

Agora, a concessionária SPMar, responsável pela construção, afirma que "questões técnicas e geológicas" retardaram a obra e não estipula novo prazo para inaugurar o trajeto de 35,8 quilômetros entre o Trecho Sul, em Mauá, e a Rodovia Ayrton Senna, em Arujá. Já a entrega do percurso completo, até a Via Dutra, havia sido prometida para junho.

Com 43,8 km de extensão, o Trecho Leste é a principal obra viária do governo Geraldo Alckmin (PSDB) e deveria ter sido entregue em 10 de março pela SPMar, que venceu a concorrência em 2011 para também operar o Trecho Sul, entregue um ano antes pelo Estado.

A Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), que fiscaliza concessões de estradas paulistas, já multou a empresa em R$ 251 mil por causa de atrasos em projetos.

Pelo contrato, a SPMar deve pagar multa diária de R$ 417 mil proporcional ao porcentual que não foi concluído dentro do cronograma. Em novembro de 2013, o Estado revelou que o Trecho Leste seria entregue inacabado por Alckmin.

Aliados do governador afirmam que ele está irritado com o atraso e espera entregar a obra até 4 de julho, data-limite para que candidatos participem de inaugurações públicas. Alckmin tentará a reeleição em outubro. Na TV, a propaganda do governo prevê a entrega para o mês que vem.

O Trecho Leste é construído totalmente com recursos da iniciativa privada. Segundo a SPMar, o investimento ultrapassa R$ 3,2 bilhões. A empresa afirma que é a "maior interessada na conclusão da obra", uma vez que a concessão por 35 anos já está valendo desde 2011.

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