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Transporte pode receber R$ 44 bi em 2014, aponta Ipea

Se confirmado, o valor representará um crescimento de quase 70% ante o patamar que tem sido verificado ao longo dos últimos três anos


	Rodovia: com a aplicação do montante estimado, o Brasil atingiria o patamar de investimento de 1% do PIB no setor de transporte
 (Edson Ruiz/Placar)

Rodovia: com a aplicação do montante estimado, o Brasil atingiria o patamar de investimento de 1% do PIB no setor de transporte (Edson Ruiz/Placar)

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Da Redação

Publicado em 22 de outubro de 2013 às 13h05.

Santos - Os investimentos no setor de Transportes podem alcançar R$ 44 bilhões, segundo estimativas do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). Se confirmado, representará um crescimento de quase 70% ante o patamar de R$ 26 bilhões que tem sido verificado ao longo dos últimos três anos.

O pesquisador Carlos Alvares da Silva Campos Neto salientou que, com a aplicação do montante estimado, o Brasil atingiria o patamar de investimento de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) no setor de transporte, acima dos 0,6% PIB observado nos últimos anos. "Mas isso ainda é muito aquém do que se verifica em outros países, como China e Índia, onde o porcentual chega a 3,4% do PIB", disse.

Campos Neto comentou, porém, que a estimativa é otimista, dada a dificuldade de execução dos investimentos, especialmente os de responsabilidade do poder público. Ele citou como exemplo o setor portuário.

De acordo com ele, os investimentos públicos nos portos, incluindo os recursos previstos no orçamento fiscal do governo e pelas Companhias Docas, somaram, nos últimos anos, R$ 18,83 bilhões, mas somente R$ 7,41 bilhões foram efetivamente aplicados, o que corresponde a um porcentual execução 39,35%. "Nas Docas, a execução média é de 25% do orçamento", acrescentou.

Ele também comentou sobre a dificuldade de efetivação pelo governo do Programa de Investimento em Logística (PIL), lançado no ano passado mas que até agora não saiu do papel. Segundo o pesquisador, dos R$ 44 bilhões estimados para 2014,R$ 8,78 bilhões estão previstos para o setor portuário, sendo R$ 5 bilhões do PIL.

"Mas o debate que vem sendo feito (sobre as licitações de arrendamentos portuários do programa) aponta para potencial judicialização desse processo", exemplificou, indicando que isso poderia levar a novos atrasos no cronograma do programa, O pesquisador participou nesta terça-feira, 22, de conferência sobre portos, em Santos.

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