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Transcarioca começa a funcionar sem informações

O BRT corredor exclusivo de ônibus que conecta a Barra da Tijuca (zona oeste) e o Aeroporto Internacional do Galeão


	Construção do arco do Viaduto Pedro Ernesto, que integrará o BRT Transcarioca
 (Tânia Rêgo/Agência Brasil/Agência Brasil)

Construção do arco do Viaduto Pedro Ernesto, que integrará o BRT Transcarioca (Tânia Rêgo/Agência Brasil/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 2 de junho de 2014 às 21h52.

Rio - No primeiro dia de funcionamento do BRT , corredor exclusivo de ônibus que conecta a Barra da Tijuca (zona oeste) e o Aeroporto Internacional do Galeão, na Ilha do Governador (zona norte do Rio), faltavam sinalização e orientação para os usuários da principal obra de mobilidade urbana da capital fluminense, inaugurada no domingo, dia 1º, pela presidente Dilma Rousseff.

A reportagem do Estado embarcou nesta segunda-feira, 2, em um dos ônibus articulados e percorreu trechos que ainda não estão em funcionamento.

Até a Copa do Mundo, duas das sete linhas do BRT estarão prontas: a paradora Terminal Alvorada (na Barra)- Tanque (em Jacarepaguá) e a semi-direta Alvorada-Galeão (com uma parada na estação de metrô Vicente de Carvalho), que começa a circular nesta terça.

No terminal Alvorada, onde também circula o BRT Transoeste (Barra-Santa Cruz) a sinalização dos pontos é insuficiente, faltavam funcionários para orientar e informar os passageiros sobre o funcionamento e o trajeto do Transcarioca. Na fila para pagar a passagem, alguns usuários foram informados sobre o percurso pela reportagem do Estado.

Moradora da Curicica (uma das estações do Transcarioca), a doméstica Josefa Silva, de 41 anos, não sabia que poderia usar o novo corredor de ônibus para chegar ao trabalho. "Não conhecia o trajeto. Amanhã (terça) vou fazer o teste e ver se é melhor para mim".

Ao longo do percurso, feito em 45 minutos, havia muitas placas com orientações para motoristas, mas a sinalização para pedestres era insuficiente e, onde havia, desrespeitada.

Motoristas de carros e pedestres não se intimidaram com a presença de guardas municipais e orientadores de trânsito: cruzaram em locais proibidos e atravessaram fora da faixa.

Carros a serviço do BRT estacionaram nas estações Santa Efigênia e Tanque e atrapalhavam o funcionamento do corredor de ônibus.

A reportagem também percorreu o terminal Fundão, última estação antes do Galeão. Ainda em obras, não há placas de sinalização, os sinais de trânsito estavam apagados e já há rachaduras e pequenos buracos no asfalto.

A um quilômetro do terminal, uma estreita passarela provisória na qual só passa uma pessoa por vez, substitui a larga rampa que chegava ao câmpus universitário.

Instalada há uma semana, a passagem se tornou um desafio para pessoas com dificuldade de locomoção. Paciente do hospital universitário, a aposentada Maria Lindalva Meneses, de 71, foi pega de surpresa.

"Só espero que essa marafunda (bagunça) termine logo", reclamou. Em nota, a secretaria municipal de Obras afirmou que as obras da Transcarioca estão finalizadas e que elabora um "check-list para que a construtora corrija possíveis imperfeições" e que o "Terminal do Fundão está entre os pontos que recebem ajustes e deve ser concluído até o fim de junho".

Em relação a passarela, alunos, professores e pacientes do hospital terão que esperar até 40 dias pela estrutura definitiva.

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