Henrique Pizzolato: decisão judicial sobre extradição de Pizzolato será tomada pela Corte de Bolonha, com possibilidade de recurso à Corte de Cassação em Roma (Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 17 de fevereiro de 2014 às 15h20.
Bolonha - Os procuradores da República Eduardo Pelella e Vladimir Aras da Procuradoria Geral da República (PGR), esperam concluir ainda nesta segunda-feira, 17, a tradução de documentos necessários para o pedido de extradição do ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, que já está pronto e deve ser apresentado pelo governo do Brasil à Itália nesta semana.
Pelella e Aras estiveram na Corte de Apelação de Bolonha nesta segunda para obter informações sobre o processo de extradição.
Os procuradores brasileiros estiveram com os colegas italianos Miranda Bambace e Antonio Canti e estimam que enviarão à Justiça italiana cerca de 220 páginas traduzidas da ação penal 470, que julgou o mensalão. Eles explicaram que apenas a parte referente a Pizzolato interessa à Justiça na Itália.
A decisão judicial sobre a extradição de Pizzolato será tomada pela Corte de Bolonha, com possibilidade de recurso à Corte de Cassação em Roma.
A decisão final sobre a extradição, porém, é política e cabe ao Ministério da Justiça italiano. O ex-diretor do Banco do Brasil está encarcerado na prisão de Sant´Anna, em Módena, desde o início de fevereiro.
Preparado sob responsabilidade do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, o pedido de extradição foi comunicado ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, e está no Ministério da Justiça.
O pedido aguarda a conclusão das traduções para o italiano para ser enviado, por meio do Itamaraty, ao governo da Itália. O Brasil tem o prazo de 40 dias, a contar do dia da prisão de Pizzolato para pedir sua extradição.
Pizzolato fugiu do Brasil em setembro de 2013. Ele foi condenado a 12 anos e sete meses de prisão pelos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e corrupção passiva.