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Trabalhadores mantêm greve na Toyota e Mercedes em SP

A pauta dos trabalhadores da região envolve, entre outros itens, reajuste de 17,45 por cento

Linha de montagem da fábrica da Toyota: trabalhadores querem um maior reaujuste no salário (.)

Linha de montagem da fábrica da Toyota: trabalhadores querem um maior reaujuste no salário (.)

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Da Redação

Publicado em 21 de setembro de 2010 às 10h44.

São Paulo - Metalúrgicos da fábrica de carros da Toyota em Indaiatuba e da fábrica de componentes de ônibus e caminhões da Mercedes-Benz em Campinas, ambas no interior de São Paulo, mantêm nesta terça-feira greve iniciada na quinta-feira passada por reajuste salarial.

A greve nas duas montadoras foi mantida depois que os trabalhadores rejeitaram no início da noite da véspera proposta de aumento salarial de 10,5 por cento. Na unidade da Toyota, que produz o sedã Corolla, trabalham 2.100 metalúrgicos e na instalação da Mercedes-Benz, 800.

Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e Região, uma nova reunião com a montadora japonesa acontecerá ainda na manhã desta terça-feira e uma assembleia com os trabalhadores foi marcada para as 17h. Na Mercedes-Benz, não há reuniões previstas, segundo a entidade.

A pauta dos trabalhadores da região envolve, entre outros itens, reajuste de 17,45 por cento e redução de jornada para 36 horas semanais sem corte de salário.

Desde a paralisação, o sindicato calcula que a Toyota deixou de produzir cerca de 1.200 veículos.

Neste fim de semana, trabalhadores do pólo automotivo do ABC, na região metropolitana de São Paulo, aceitaram reajuste de 10,8 por cento, maior índice já obtido pela categoria. Além do aumento, os metalúrgicos da base que abriga fábricas da Ford, Scania, Mercedes-Benz e Volkswagen, receberão abono de 2.200 reais.

Enquanto isso, a fábrica de automóveis da Volkswagen em São José dos Pinhais (PR) segue sob a chamada "greve pipoca", decretada pelos trabalhadores no sábado. Sem acordo com a empresa na véspera, os trabalhadores decidiram manter o movimento que envolve a paralisação alternada de turnos da fábrica, que fez a montadora alemã deixar de produzir cerca de 820 carros até o final da segunda-feira, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba.

A exigência para a montadora alemã é a mesma já aprovada pelos trabalhadores da Renault e da Volvo no Estado, afirma o sindicato: 10 por cento de aumento do piso salarial, 10,08 por cento de reajuste e 4.200 reais de abono.

A unidade da Volkswagen em São José dos Pinhais produz os modelos Golf, Fox, Cross Fox e Fox Europa e vende aproximadamente 70 por cento da produção para o mercado interno.

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