Portos: além de Santos, de acordo com o deputado federal e presidente da Força Sindical, Paulinho da Força, o Porto de Paranaguá e o Porto do Rio de Janeiro devem iniciar greves também nesta tarde (ARQUIVO/WIKIMEDIA COMMONS)
Da Redação
Publicado em 31 de maio de 2013 às 16h29.
São Paulo - Como forma de pressionar o Congresso e o governo para incluir a questão trabalhista na votação da Medida Provisória 595, a MP dos Portos, trabalhadores do Porto de Santos iniciaram, às 13 horas desta terça-feira, 14, uma paralisação.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Estivadores de Santos, São Vicente, Guarujá e Cubatão, Rodnei Oliveira da Silva, o Nei, a greve não tem data para acabar. "Não querem acatar as nossas emendas, então paramos por tempo indeterminado até que o governo volte atrás", disse.
Além de Santos, de acordo com o deputado federal e presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, o Porto de Paranaguá e o Porto do Rio de Janeiro devem iniciar greves também nesta tarde.
"Os diretores desses portos estão aqui comigo, determinando a ordem de greve", disse Paulinho. De acordo com ele, o governo já havia concordado em incluir os trabalhadores inscritos nos Órgão Gestor de Mão-de-Obra (Ogmos) na atuação nos portos privados, mas recuou. "Nós não estamos contemplados nos terminais privativos e por isso já estamos parados", completou Nei, do Sindicato dos Estivadores de Santos.
O presidente da Federação Nacional dos Estivadores, Wilton Ferreira Barreto, confirmou que a paralisação pode se estender por todo o País: "A greve pode se estender para todos os portos até que nos incluam nos portos privados".
De acordo com Paulinho, a mobilização é uma pressão para que o governo "cumpra aquilo que já foi acordado". "Como o governo esta tentando isolar os trabalhadores, o pessoal decidiu parar os principais portos para ver se abre a negociação e até a noite inclua os trabalhadores na participação nos portos privados", disse o deputado federal.
A votação da MP está prevista para ocorrer nesta terça-feira na Câmara dos Deputados e precisa ser votada ainda no Senado até quinta-feira (16), quando perde o prazo de validade.