Navio-plataforma FPSO Cidade de São Mateus que prestava serviços à Petrobras, após explosão, no litoral do Espírito Santo: seis morreram e três estão desaparecidos (Marinha do Brasil/Fotos Públicas)
Da Redação
Publicado em 20 de fevereiro de 2015 às 12h14.
Rio de Janeiro - Trabalhadores da Petrobras, terceirizados e próprios, decidiram nesta sexta-feira, 20, em assembleia não embarcar em plataformas instaladas no litoral do Espírito Santo, onde, no último dia 11, uma explosão no navio-plataforma Cidade de São Mateus deixou seis mortos e três desaparecidos.
"Enquanto não houver segurança, não vai subir ninguém", protestam os petroleiros no aeroporto de Vitória (ES), segundo informação divulgada pelo Sindicato dos Petroleiros do Espírito Santo (Sindipetro-ES) em sua página no Facebook.
O protesto conta com a presença de 70 trabalhadores, que, segundo o sindicato, reivindicam "um basta aos acidentes no sistema Petrobras". A avaliação é de que é preciso rever a política de segurança da empresa.
"Em seus relatos, eles contam que há situações de risco dentro das plataformas. Na P-58, por exemplo, um dos casos mais graves é o não atendimento à NR-10, que trata da segurança dos sistemas elétricos. Os painéis não estão vedados devidamente para evitar a entrada de gás. Outro problema sério apontado pelos trabalhadores é o vazamento de produtos químicos, altamente nocivos à saúde do trabalhador", informa o Sindipetro-ES.
A direção do sindicato e da Federação Única dos Petroleiros (FUP), de âmbito nacional, vão se reunir hoje com representantes do Ministério do Trabalho para tratar dos trabalhos da comissão de investigação do acidente ocorrido no navio-plataforma Cidade de São Mateus.