Brasil

Toffoli condena Valério e ex-sócios por corrupção ativa

Ele também considerou culpados os ex-sócios de Valério nas agências, Ramon Hollerbach e Cristiano Paz, e a ex-diretora Simone Vasconcelos


	O ministro do STF, José Antonio Dias Toffoli: neste capítulo da denúncia, Valério é acusado de nove crimes de corrupção ativa relativos à compra de deputados
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

O ministro do STF, José Antonio Dias Toffoli: neste capítulo da denúncia, Valério é acusado de nove crimes de corrupção ativa relativos à compra de deputados (Ueslei Marcelino/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2012 às 16h07.

Brasília (AE) - O ministro do Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli deu o quinto voto pela condenação do empresário de publicidade Marcos Valério pelo crime de corrupção ativa no processo do mensalão. Ele também considerou culpados os ex-sócios de Valério nas agências, Ramon Hollerbach e Cristiano Paz, e a ex-diretora Simone Vasconcelos. Falta apenas mais um voto para que os três sejam condenados por esse crime em relação à compra de parlamentares de PP, PTB, PMDB e PL (atual PR).

Valério e seus ex-sócios já foram condenados por corrupção ativa em relação a João Paulo Cunha (PT-SP) e Henrique Pizzolato, ex-diretor de Marketing do BB, peculato, pelos contratos com a Câmara dos Deputados e Banco do Brasil, e lavagem de dinheiro, pela montagem do sistema de distribuição de recursos em parceria com o Banco Rural. Simone, por sua vez, foi condenada por lavagem de dinheiro.

Neste capítulo da denúncia, Valério é acusado de nove crimes de corrupção ativa relativos à compra de deputados de quatro partidos da base aliada do governo Lula. Para Toffoli, os recursos foram distribuídos devido à função dos parlamentares e se destinavam a "obter o voto favorável dos parlamentares". Em relação aos ex-sócios de Valério, Toffoli destacou que ambos assinavam alguns dos cheques usados no esquema para o repasse de recursos a parlamentares. Já Simone era a responsável dentro da agência de publicidade por organizar o pagamento aos políticos.

Acompanhe tudo sobre:CorrupçãoEscândalosFraudesMensalãoPolítica no BrasilSupremo Tribunal Federal (STF)

Mais de Brasil

Homem-bomba gastou R$ 1,5 mil em fogos de artifício dias antes do atentado

O que muda com projeto que proíbe celulares nas escolas em São Paulo

Haddad se reúne com cúpula do Congresso e sinaliza pacote fiscal de R$ 25 bi a R$ 30 bi em 2025

Casos respiratórios graves apresentam alta no Rio e mais 9 estados