Brasil

Toffoli agradece reajuste salarial e diz que vai rever auxílio-moradia

Desde o começo, o presidente do STF tem declarado que pautaria o auxílio após ser aprovado o aumento de salário dos ministros

Toffoli: o presidente do STF agradeceu o aumento de salário (Carlos Humberto/SCO/STF/VEJA)

Toffoli: o presidente do STF agradeceu o aumento de salário (Carlos Humberto/SCO/STF/VEJA)

AB

Agência Brasil

Publicado em 8 de novembro de 2018 às 10h22.

Última atualização em 8 de novembro de 2018 às 10h43.

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, agradeceu ao Senado por ter aprovado hoje (7) o reajuste dos salários dos ministros da Corte e disse que deverá agora enfrentar a questão do auxílio-moradia do magistrados.

"Com a aprovação do novo subsídio, nós poderemos agora resolver essa questão do auxílio-moradia. Vou conversar com o relator, o vice-presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Luiz Fux, para ver a melhor hora de deliberarmos a respeito", disse Toffoli à TV Justiça, após evento no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Desde a primeira entrevista após assumir a presidência do Supremo, Toffoli tem declarado que pautaria o auxílio-moradia para julgamento em plenário após ser aprovado o aumento de salário dos ministro do STF pelo Senado. "Agradeço em nome de todo o Poder Judiciário a aprovação desse projeto", disse ele nesta quarta-feira.

Segundo o senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), relator do projeto na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, que votou contra o aumento, estudos da Consultoria Legislativa mostram que o impacto fiscal da medida pode chegar a R$ 6 bilhões, com o chamado efeito cascata, uma vez que os vencimentos dos ministros do STF servem de teto para o funcionalismo público.

Toffoli disse, nesta quarta-feira, que, no que concerne ao orçamento do Poder Judiciário, o reajuste para toda a magistratura já está contabilizado, e os recursos serão remanejados de outros itens orçamentários. O ministro voltou a afirmar que não se trata de um aumento, mas de uma "revisão de inflação".

Enquanto chefiou o STF, a antecessora de Toffoli, ministra Cármen Lúcia, sempre se posicionou contra o reajuste dos magistrados, por questões fiscais. Em agosto, em sessão administrativa, os ministros aprovaram, por 7 a 4, a inclusão no orçamento do Judiciário do reajuste de 16,38% nos próprios subsídios. Além de Cármen Lúcia, votaram contra os ministros Celso de Mello, Rosa Weber e Edson Fachin.

O ministro Luiz Fux é relator das ações que questionam o auxílio-moradia dos juízes. Por força de uma liminar concedida em 2014 pelo ministro, todos os magistrados brasileiros recebem o benefício, hoje no valor de R$ 4,3 mil, mesmo que tenham imóvel próprio na localidade em que trabalham.

O tema chegou a ser pautado para julgamento em plenário, mas depois foi retirado da pauta por Fux, que enviou o processo para conciliação sob a supervisão da Advocacia-Geral da União (AGU). A iniciativa não obteve resultado e desde então o processo aguarda julgamento.

Acompanhe tudo sobre:José Antonio Dias ToffoliJustiçaSaláriosSupremo Tribunal Federal (STF)

Mais de Brasil

Após ordem de Moraes, Anatel informa que operadoras bloquearam acesso ao Rumble no Brasil

Justiça Eleitoral condena Marçal por abuso de poder e o declara inelegível

Alexandre de Moraes determina suspensão do Rumble no Brasil

ViaMobilidade investirá R$ 1 bilhão nas linhas 8 e 9 para reduzir intervalos e reformar estações