Temer retratado no desfile da Paraíso do Tuiuti (TV Globo/Reprodução)
Da Redação
Publicado em 14 de fevereiro de 2018 às 10h09.
Última atualização em 14 de fevereiro de 2018 às 10h31.
São Paulo – Foi viajar no feriado ou aproveitou o Carnaval na própria cidade, e desligou do noticiário? Enquanto isso, o país não parou.
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Na noite de sexta-feira, a agência de notícias Reuters divulgou uma entrevista exclusiva com o diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segovia, na qual ele indicava que o inquérito contra o presidente Michel Temer, o único ainda aberto, poderia ser arquivado.
Ele afirmava que as evidências não eram sólidas e, até o momento, as investigações não teriam comprovado que houve pagamento de propina por parte de representantes da Rodrimar, empresa que atua no Porto de Santos, a Temer.
A declaração, que segundo a jornalista Renata Lo Prete, do G1, fazia parte de uma estratégia para desidratar a investigação, saiu pela culatra: Segovia foi intimado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso a prestar esclarecimentos sobre a declaração em pleno sábado de Carnaval.
Além disso, os próprios delegados da PF pediram um posicionamento. Segovia informou que se pronunciaria hoje.
O presidente Michel Temer anunciou que deve editar, ainda nesta semana, uma Medida Provisória para “disciplinar” a entrada de venezuelanos no país.
O estado de Roraima tem recebido, nos últimos meses, um grande fluxo de imigrantes do país vizinho, que enfrenta uma crise econômica e social grave.
Temer foi a Roraima cinco dias depois da visita de outros ministros, que entregaram um documento com 11 propostas para minimizar o impacto da chegada dos venezuelanos.
As propostas incluíam o aumento de efetivo da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal, além da atuação do Exército Brasileiro no policiamento ostensivo em Pacaraima, cidade que faz fronteira com a Venezuela.
Outro destaque do Carnaval, desta vez mais relacionado à festa, foram os desfiles com tom de crítica política no Rio de Janeiro.
A Paraíso do Tuiuti levou um “vampiro Temer” para a avenida, em parada com o tema “Meu Deus, meu Deus, está extinta a escravidão?”. A escola ainda criticou as formas modernas de escravidão, os manifestantes que bateram panelas pedindo o impeachment de Dilma Rousseff, e a reforma trabalhista.
A Mangueira, por sua vez, incluiu críticas ao prefeito do Rio, Marcello Crivella, em seu samba-enredo que enaltecia o Carnaval e os próprios blocos. Crivella é evangélico e considerado por muitos um prefeito “anticarnavalesco” – há notícias de que ele teria pedido permissão da Igreja Universal para participar do Carnaval neste ano.
Por fim, a Beija-Flor também fez um desfile carregado de crítica social, usando o romance Frankenstein como ponto de partida para denunciar a corrupção, a desigualdade socioeconômica, a violência e as intolerâncias de gênero, racial, religiosa e esportiva.
Na noite de sábado, o prefeito de São Paulo, João Doria, passou por uma saia justa: o cantor Zeca Pagodinho se recusou a tirar uma foto ao lado dele, segundo VEJA São Paulo.
O dono do camarote da Brahma, onde ambos estavam, teve que intervir, mas o cantor apareceu na imagem visivelmente contrariado.
Doria, então, foi ao Twitter afirmar que era “educado” e cumprimentava todas as pessoas. Ele disse que manteria o comportamento, “mesmo com a incompreensão de alguns”.
Segundo informações do blog Tijolaço e do jornal Folha de S. Paulo, a empresa Brisair Serviços Técnicos e Aeronáuticos, que tem o apresentador Luciano Huck e sua esposa Angélica como sócios, usou um financiamento do BNDES para comprar um jatinho particular da Embraer.
A empresa obteve, em 2013, uma linha de crédito de 17,7 milhões de reais. Segundo a assessoria de imprensa de Huck, ele usa a aeronave duas vezes por semana para gravar seu programa para a TV Globo.
A assessoria ainda argumentou que o Finame é um programa de incentivo à indústria nacional, “por isso financia os aviões da Embraer”. Já o BNDES afirmou que as condições para o empréstimo seguiram as regras vigentes na época.