Brasil

Tiroteio volta a assustar moradores da Rocinha e do Alemão no Rio

Policiais do Batalhão de Choque entraram em confronto com um bandido enquanto faziam o patrulhamento na localidade conhecida como 99

Há um mês, tropas das Forças Armadas fizeram um cerco à favela da Rocinha após o aumento de confrontos entre grupos rivais (Pilar Olivares/Reuters)

Há um mês, tropas das Forças Armadas fizeram um cerco à favela da Rocinha após o aumento de confrontos entre grupos rivais (Pilar Olivares/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 23 de outubro de 2017 às 06h40.

Rio - Moradores das favelas da Rocinha, na zona sul carioca, e do Alemão, na zona norte, voltaram a conviver com a troca de tiros entre bandidos e policiais neste domingo, 22, no Rio.

Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Militar, na Rocinha, policiais do Batalhão de Choque entraram em confronto com um bandido enquanto faziam o patrulhamento na localidade conhecida como 99. "Neste momento, os agentes realizam buscas no local. Não há informações de feridos", traz o comunicado.

A Rocinha tem recebido atenção especial da Polícia Militar desde que a disputa pela liderança do tráfico entre Antônio Francisco Lopes, o Nem, e seu antigo aliado, Rogério Avelino da Silva, o Rogério 157, trouxe pânico aos moradores, no mês passado. Incursões diárias têm sido feitas na procura por bandidos escondidos na região de mata.

No Complexo do Alemão, um dos locais da cidade com mais ocorrências de violência, policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) faziam o patrulhamento quando receberam "denúncia de confronto entre bandidos", de acordo com assessoria da UPP. Após a perseguição de traficantes, foram apreendidos drogas e uma arma Airsoft.

Exército

Há um mês, tropas das Forças Armadas fizeram um cerco à favela da Rocinha após o aumento de confrontos entre grupos rivais pelo controle do tráfico de drogas na comunidade. O cerco foi encerrado seis dias depois, sob a justificativa de que a violência havia diminuído e a presença do Exército não era mais necessária.

As tropas federais voltaram ao morro menos de duas semanas depois. A ajuda do exército foi solicitada após a volta de registros de intensos tiroteios no local. Na ocasião, o Comando Militar Leste (CML) disse que a operação seria pontual.

Há 12 dias, Danúbia de Souza Rangel, a Xerifa da Rocinha, foi presa. Condenada a 28 anos de prisão por envolvimento com o tráfico de drogas, ela estava foragida desde março de 2016. Danúbia é mulher do traficante Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, que ordenou a invasão da favela da Rocinha em setembro.

Acompanhe tudo sobre:ArmasExércitoPolícia MilitarRio de JaneiroViolência urbana

Mais de Brasil

'Fuck you': Janja diz não ter medo de Elon Musk e xinga dono do X durante painel do G20

Qual o valor da multa por dirigir embriagado?

PF convoca Mauro Cid a prestar novo depoimento na terça-feira

Justiça argentina ordena prisão de 61 brasileiros investigados por atos de 8 de janeiro